O levantamento Relacionamento Amoroso no Ambiente de Trabalho, realizado pela Vagas.com, mostra que 12,5% dos entrevistados confessaram ter uma relação amorosa no emprego. Desse total, a média de relacionamentos é de dois por pessoa. Do total de respondentes que admitiram ter uma relação no trabalho (12,5%), 61,9% confirmaram ter apenas um relacionamento. Aqueles que tiveram dois somam 21,8%. Três representam 7,8%. Quatro a 13 foram 8,5%.
“Os dados são curiosos. Não imaginávamos que as pessoas admitiriam ter uma relação no ambiente de trabalho, quanto mais duas. Com esses números, podemos ver que é cada vez mais comum as pessoas de uma mesma empresa apostarem num relacionamento, mesmo que seja passageiro. Elas passam boa parte do tempo no ambiente de trabalho e isto acaba convergindo para uma relação mais íntima”, explica Rafael Urbano, coordenador da pesquisa na Vagas.com.
A discrição e o sigilo não parecem ditar o tom dos relacionamentos nos ambientes corporativos. Para 40,5% dos respondentes, a relação era de conhecimento de toda a empresa. Em 37,5% dos casos, poucas pessoas de confiança sabiam. As situações da qual ninguém sabia representaram 19,1%. Somente o chefe, 2,9%. No estudo foi avaliado com o entrevistado se a empresa onde ele trabalha tem uma política sobre relacionamentos no ambiente corporativo. A maioria (56,7%) afirmou que não há nada nesse sentido. Praticamente um quarto (24,5%) disse que sim. E 18,8% informaram que não sabem.
É possível que esses relacionamentos tenham acontecido por essas pessoas trabalharem em áreas diferentes e possuírem o mesmo nível hierárquico. A pesquisa revela que 65,8% trabalham em áreas diferentes e 52,4% ocupam o mesmo cargo. Existem ainda 21,9% se relacionando com alguém com nível hierárquico inferior sem ser o chefe dela, 19,1% tendo uma relação com alguém com cargo superior e também sem ser o gestor dessa pessoa. Em 3,7 dos casos, essa pessoa com a qual se relaciona tem um cargo superior e é sua chefe e, ainda, 2,9% se relacionam com um funcionário de nível hierárquico inferior, que é seu chefe.
Também procurou-se saber onde aconteceu o primeiro encontro. De acordo com 88,8%, foi fora da empresa. Para 5,7%, em uma festa ou evento da companhia. Os 5,5% restantes admitiram que o encontro aconteceu dentro do trabalho. O levantamento revelou também onde acontecem esses relacionamentos. Somente fora da empresa foi a resposta da maioria (82,2%). Para 8,9%, tanto fora quanto dentro da companhia. Aqueles que só “ficaram uma vez” somaram 7,3%. E 1,6%, os encontros acontecem somente na empresa.
Na pesquisa foi questionado à parcela dos que não tiveram um relacionamento no ambiente de trabalho (87,5%) o porquê dessa opção. A maioria (54,9%) informou que não quer misturar vida pessoal e profissional. Em 27,7% das respostas, por estar comprometido. Por não ter a oportunidade/ não se interessar por alguém, 22,9%. É contra a política da empresa, 5,8%. Medo de represália, 0,6%. A pessoa pela qual se interessou era o chefe, 0,3%, e a pessoa pela qual se interessou era o subordinado, 0,2%.