Autor: Fábio Túlio Felippe
As pequenas empresas estão em vantagem sobre as grandes corporações quando se fala no uso da computação em nuvem, ou cloud computing. Isso porque o tamanho delas permite agilidade para adotar tecnologias e mudar o rumo das estratégias comerciais para se manterem competitivas.
De acordo com uma pesquisa realizada pela SolarWinds, os profissionais de TI das pequenas empresas veem a computação em nuvem como uma das três principais tecnologias mais disruptivas para os negócios. A pesquisa também constatou que as habilidades de nuvem ou SaaS estarão entre aquelas em maior demanda por estas empresas nos próximos três a cinco anos.
A vantagem da nuvem para estas companhias está no custo introdutório tipicamente baixo e sua capacidade de reduzir a pressão sobre os recursos internos de TI para gerenciar as funções existentes. Mas é preciso cuidado ao adotá-la, considerando alguns pontos para certificar de que se está tirando o máximo proveito da nuvem sem sobrecarregar recursos:
– Comunique-se com os gerentes das linhas de negócios para determinar suas necessidades tecnológicas e trabalhe com eles para estabelecer a melhor forma de atendê-los.
– Especificamente para a nuvem privada, tire proveito das ferramentas de gestão e monitoramento de nuvem de baixo custo para solucionar os problemas de baixo desempenho.
Tomados estes cuidados, a nuvem traz uma série de possibilidades para as pequenas empresas. O software como serviço (SaaS), é um exemplo. Na prática, o modelo pode ser comparado com o aluguel de um imóvel. O que significa que você pagará um aluguel pelo direito de utilizar o software. Mais que isso, a qualquer momento você poderá deixar de utilizá-lo sem custos adicionais, poderá pagar mais para obter novos recursos e pagar menos caso não necessite de todas as funcionalidades que ele oferece.
Além disso, com o SaaS você não precisa investir em infraestrutura, implantação, licenciamento, suporte e treinamento presencial. Ele traz ainda mais vantagens, como:
– Não é necessário comprar licenças: você aluga o software, adquire o direito de utilizá-lo como serviço e dispensa gastos com licença do próprio software e de terceiros (banco de dados, sistema operacional, ferramentas de backup e outros).
– Infraestrutura: a empresa não precisará comprar computadores robustos para seus funcionários, não será necessário adquirir servidores, gastar com climatização de ambiente de data center. Todos estes custos ficam a cargo do fornecedor do software SaaS.
– Implantação: a maioria dos aplicativos tem instalação bastante intuitiva e possui ótimo suporte. Você deixará de gastar muito dinheiro com a implantação, que demanda o deslocamento de profissionais, custo com quilômetro rodado, estadia e por fim o valor da hora técnica.
– Curva de Aprendizagem: a curva de aprendizagem é muito curta. Em questão de semanas toda a sua equipe estará dominando a ferramenta e você não precisará esperar por meses pelo demorado processo de compra de equipamento, implantação e treinamento.
O fato é que, no atual cenário brasileiro, as pequenas empresas precisam responder rapidamente às mudanças de mercado para conseguir manter a saúde dos negócios. Existem diversos modelos diferentes de nuvem, cada um com suas particularidades e propostas diferentes para cada necessidade.
Fábio Túlio Felippe é diretor presidente da Jiva Gestão Empresarial.