A pesquisa “Recursos Humanos baseados em evidências: a ponte entre seu pessoal e a elaboração de uma estratégia de negócios”, realizada pela Economist Intelligence Unit em nome da KPMG, aponta que a grande maioria dos respondentes (82%) espera que a organização inicie ou aumente o uso de big data e análises de dados avançadas ao longo dos próximos três anos. “Nunca antes tivemos uma variedade tão rica de dados disponíveis para o profissional de RH para respaldar suas decisões com provas, em vez de depender de instinto e melhores práticas”, afirma a sócia e líder de People & Change da KPMG no Brasil, Patricia Molino. “Pela primeira vez, o RH pode demonstrar que suas atividades e processos têm um impacto direto sobre a consecução dos objetivos do negócio de forma objetiva e factica.”
No entanto, de acordo com a pesquisa, há ainda muitos obstáculos no caminho em direção a uma aceitação generalizada dessa abordagem. Um grande problema pode ser a credibilidade da área de RH. Quase um de cada três (30%) executivos de outras áreas considera que o RH não desempenha um papel suficientemente relevante à realização dos objetivos estratégicos da organização, uma opinião compartilhada por apenas 8% dos profissionais de RH. A despeito dessa grande diferença de percepções, há uma visão predominante entre os executivos de outras áreas que o RH pode tornar-se mais focado na geração de valor. Quase metade dos entrevistados (49%) concorda que os líderes de RH são capazes de demonstrar claramente correlações tangíveis entre as iniciativas de gestão de pessoas e os resultados atingidos pelo negócio.
“O trabalho com base em evidências exige um esforço de vontade e um modelo mental diferente. Muitas organizações bem-sucedidas são aquelas em que os executivos seniores investem no RH e trabalham junto com ele de maneira a conectar a estratégia da empresa para lidar com seus funcionários e gerar um impacto positivo no desempenho empresarial. Em que pese essa abordagem ainda não estar difundida, com o emprego das habilidades corretas e o apoio necessário, é apenas uma questão de tempo. As empresas e os profissionais de RH devem responder urgentemente ao desafio de evitar perder terreno e manter-se à frente dos concorrentes”, finaliza Patricia.