Autor: Regina Nogueira
O DNA corporativo rege os caminhos que serão trilhados pela empresa dentro do mercado, por isso o ponto de partida de uma organização deve ser a definição da identidade organizacional, composta pela missão, visão e valores. Neste processo serão determinados todos os aspectos, metas e objetivos que giram em torno do negócio.
A missão representa o que e para quem a empresa faz, os valores são os princípios que darão diretrizes ao comportamento e atitudes de todos que fazem parte da organização e a visão transmite os objetivos da empresa, ou seja, onde ela deseja chegar. Isso servirá de inspiração para quem fizer parte da construção da história da marca.
Além da identidade organizacional, a performance positiva também depende de outros fatores, entre os mais importantes está o engajamento dos colaboradores que movem e tornam real o modelo de negócio da corporação.
É muito importante que o colaborador esteja alinhado com as metas e objetivos da empresa, pois esta sinergia vai trazer motivação para o funcionário que saberá de que forma pode contribuir para o crescimento da empresa e também qual é o caminho a trilhar para a própria ascensão profissional.
Recrutamento e endomarketing
O processo de recrutamento é fundamental para que a empresa encontre profissionais que se enquadrem em seu DNA. Para o processo seletivo ser assertivo é indispensável que o recrutador deixe claro a identidade organizacional da empresa e busque nos candidatos características que estão de acordo com a missão, visão e valores da companhia.
O processo pós-contratação também é importante para motivar e manter a sinergia ativa, por isso as metas e objetivos devem ser constantemente reforçados por meio de workshops, treinamentos e dinâmicas.
Um trunfo para a empresa é dispor de “líderes coaches”, ou seja, gestores que inspiram, fazem com que os liderados tenham vontade de segui-los, entendem os limites e desenvolvem competências específicas em cada profissional da empresa e tenham capacidade de gerir prejuízos gerados por uma possível divergência de objetivos entre o colaborador e a empresa.
Imagine que um colaborador de longa data muito valorizado pela empresa justamente pelo desempenho apresentado ao longo dos anos tem mostrado insatisfação e, consequentemente, entregado poucos resultados. Essa insatisfação pode ser resultante de problemas pessoais ou falta de motivação profissional. Se a questão for de âmbito profissional, é importante que a empresa reveja o papel do colaborador e realinhar as expectativas, porém, se for um problema pessoal, a empresa pode fornecer suporte com processo de resgate com coaching ou terapia (se for o caso).
A falta de alinhamento entre o profissional e a empresa inevitavelmente irá gerar prejuízo para os dois lados. O clima da empresa e o astral da equipe serão comprometidos e os resultados menos promissores. Para o profissional o prejuízo torna-se pessoal com falta de motivação e infelicidade.
Investir na relação colaborador/empresa é tão importante quanto desenvolver um produto, cumprir prazos ou conquistar novos clientes, afinal, o funcionário é peça fundamental para que a engrenagem (empresa) funcione perfeitamente.
Olhe para dentro!
Regina Nogueira é coach, consultora empresarial e fundadora da Regina Nogueira Coaching e Consultoria.