Autor: Carlos Carlucci
Quando falamos em contact center logo imaginamos aquela “musiquinha” no telefone. Mas já foi o tempo em que o contato do cliente com a empresa podia ser feito apenas por telefone. Na verdade, as empresas que ainda agem desta forma podem ser consideradas ultrapassadas. Com os avanços tecnológicos surgiram muitas formas de relacionamento e as empresas precisam se adaptar a este novo perfil dos usuários para não ficarem para trás.
Uma pesquisa divulgada recentemente pela Kronos mostra que 82% dos consumidores interromperam suas relações comerciais com uma empresa em função da qualidade do serviço recebido e 60% acreditam que as companhias não focam de maneira suficiente para fornecer aos clientes um bom atendimento. Ou seja, a experiência oferecida pelo canal de contato entre o consumidor e a empresa é fundamental na fidelização, ou não, do cliente.
Os números mostram que é importante investir neste setor e mais que isso oferecer aos clientes diversas formas de contato, deixando-o livre para utilizar o meio que for mais conveniente. É nesta hora que ter um social contact center com múltiplos canais faz toda a diferença. O atendimento oferecido por e-mail, chat on-line, rede social e também por telefone e até mesmo por vídeochamada, devem funcionar de forma unificada e integrada. Caso contrário, podem causar problemas.
As empresas precisam estar preparadas para atender e se relacionar com seus clientes através de diferentes canais de comunicação e oferecer um atendimento ágil. Se um consumidor tem uma reclamação e envia um e-mail, a resposta precisa ser rápida. Caso contrário, ele vai buscar outra forma de contato, na maioria das vezes é o telefone, que fica congestionado, o atendimento demora e o cliente fica ainda mais insatisfeito.
Nesta hora, surge uma segunda questão, que é o sistema unificado. Se as informações não são atualizadas em tempo real, a cada nova ligação o cliente precisa repetir o seu problema, o que gera a insatisfação do consumidor e ainda ocupa o atendente, aumentando o tempo de espera.
A GFK Brasil fez um levantamento junto a 200 empresas, que atuam em 50 setores e detectou que em 2012 o consumidor está encontrando mais dificuldades para falar com os SACs das companhias. Segundo o estudo, este ano em 48% das ligações, os clientes tiveram que esperar pelo atendimento humano. Em 2010, esse número era de 27%. O número médio de tentativas para falar com um atendente também aumentou. Em 2012, esse número foi de 1,45 tentativas. Em 2011, de 1,12 e em 2010, de 1,19 tentativas.
O consumidor 2.0 também é mais bem informado e exigente, e sabe reconhecer e correr atrás dos seus direitos. Fidelizar este consumidor está se tornando cada vez mais uma tarefa difícil, por isso as empresas devem se munir para atendê-los com eficiência.
Carlos Carlucci é country manager da Vocalcom Brasil.