Depois do susto da nova alíquota da Cofins, o setor de contact center brasileiro respira aliviado com a mudança no texto legal e prevê a criação de 50 mil novas vagas em 2004. As empresas de call center, que previam um ano ruim com o aumento da contribuição, refizeram planos estratégicos e confirmam o crescimento imediato do segmento, como avalia Topázio Silveira Neto, presidente da ABT (Associação Brasileira de Telemarketing): “Foi um importante passo para o governo reconhecer a importância do setor na geração de empregos, que é a principal preocupação do país”.
Hoje, o telemarketing brasileiro emprega 500 mil pessoas, sendo 45% delas jovens na primeira oportunidade de emprego. Para Silveira Neto, não fosse a retificação da norma da Cofins, “o setor precisaria demitir, para sobreviver”. Agora, a expectativa é de que sejam mantidos neste ano os 7% de média de crescimento de 2003. A transferência de operações de call center do exterior para o Brasil também deve contribuir para a geração de empregos: A ABT acredita que atualmente há cerca de 700 brasileiros trabalhando em operações feitas para fora do país, número que deve aumentar para 5 mil.
“O crescimento do telemarketing permitirá que avancemos em ações sociais importantes, como a parceria mantida atualmente com a prefeitura de São Paulo – pela qual estamos capacitando 5 mil pessoas na periferia da cidade e oferecendo oportunidade de empregos para, pelo menos, 450 delas”, explica o presidente da ABT. A entidade pretende estender essa iniciativa às outras capitais do país.