Nas redes sociais transitam profissionais de todos os segmentos e de todos os níveis hierárquicos. Portanto, nada mais natural que as áreas de recursos humanos das empresas olhassem para elas como novos canais para o recrutamento e seleção de profissionais. No mercado de contact center não é diferente. Principalmente porque, segundo Cezar Antonio Tegon, presidente da Elancers.net, as empresas do setor tem uma rotatividade que exige reposição constante de profissionais, bem como por vezes necessitam realizar contratações em massa quando da conquista de novos clientes. “A grande vantagem desse canal é conseguir atrair um grande número de candidatos. Ao atrair um maior número de candidatos das redes sociais para seu banco de currículos, em pouco tempo a empresa terá condições de suprir sua necessidade de profissionais de maneira mais eficaz e rápida”, reforça.
Ele explica que as redes sociais são grandes fontes de atração de candidatos, principalmente de candidatos passivos – aqueles que não estão efetivamente em busca de um emprego, mas estão nas redes debatendo sobre assuntos diversos e que podem ser atraídos por uma oportunidade, que a princípio não estavam buscando. “Esses são ótimos candidatos para as vagas das empresas, pois em geral os candidatos passivos são os mais experientes e de melhor performance em suas funções”, comenta.
No entanto, apesar das vantagens, o especialista revela que quando abrange todas as atividades sob responsabilidade da área de Recrutamento e Seleção, as redes sociais ainda não são utilizadas de forma ampla. “O mercado pensa que, de fato, já está utilizando de forma ampla as redes sociais, mas isso não é totalmente verdade. Pelos contatos que faço frequentemente, vejo que essa percepção, não é um fato isolado, está presente na grande maioria das empresas, e é gerada pela confusão na forma como as redes sociais são utilizadas na maioria dos processos de contratações”, completa.
Para isso, Tegon questiona sobre o que ocorre após o selecionador visualizar os currículos dos interessados. “Deve iniciar a escolha e analisar os currículos um a uma fazendo comparações entre os requisitos da vaga e dos candidatos, certo?” Dessa forma, ele conclui que as redes sociais servem basicamente para anunciar vagas e atrair candidatos. “Mas o que vem a seguir continua sendo feito como se fazia a mais de 30 anos, ou seja, de maneira artesanal”, alerta.
O novo no uso das redes sociais está, segundo o executivo, em utilizá-las como canal de atração de candidatos para os sites “Trabalhe conosco”, tendo esses por de trás ferramentas de gestão de Recrutamento e Seleção para que os selecionadores, por meio de workflow inteligente realizem os processos de seleção de maneira inteligente e eficaz. “Se não tiver um sistema que possa ser utilizado para armazenar os candidatos atraídos para as vagas e para a base exclusiva de candidatos da empresa, a desvantagem é, em função do grande volume de candidatos que enviam currículo por email ou papel, não selecionar o melhor candidato para a vaga”, finaliza.
Como utilizar as redes sociais no processo de R&S
As empresas devem anunciar suas vagas nas redes sociais de duas formas:
a) Em local fixo, por exemplo, no Facebook por meio de um botão que busca automaticamente as vagas do “Trabalhe conosco” da empresa e as apresenta aos candidatos.
a) E as vagas mais complicadas ou mais urgentes podem ser publicadas na timeline das paginas de redes sociais da empresa ou do selecionador(a).
Em ambos os casos, o candidato interessado deve ser direcionado para a página “Trabalhe Conosco” da empresa, para que cadastre seu currículo no banco de currículos da empresa. A partir desta ação, esses candidatos participam da vaga publicada e podem, em outros momentos, participar de outras oportunidades que a empresa tenha.