É inquestionável a conquista das mulheres no mercado de trabalho. Fazendo valer suas características, elas vêm mostrando que podem atuar em qualquer área, da mesma forma que os homens. No mercado de contact center, o cenário é, inclusive, inverso, com as mulheres dominando. Muito disso se deve exatamente pela forma como lida com o atendimento, segundo Ana Celia Tavares Comber, gerente de talentos humanos da Proxis. “Nossos clientes priorizam o acolhimento e a mulher faz isso como ninguém, por isso temos 70% de nosso quadro composto por mulheres”, explica.
A opinião é compartilhada por Ana Cristina Noveli Silva, analista de qualidade da Proxis. Na visão dela, as mulheres são mais atenciosas no jeito de falar e se relacionar com os consumidores. Conseguem ter mais empatia, se põem mais no lugar que quem está ligando. “Possuímos uma visão mais humanizada do setor. Talvez a mulher consiga ver mais ´pessoas´ do que ´números´. Mulheres agem mais com o coração e talvez seja isso que os consumidores procuram”, pontua.
Essas qualidades são aprovadas pelo presidente da Proxis, Jimmy Cygler, que defende a participação feminina no Conselho Executivo, convidando semanalmente uma das gerentes a participar das reuniões, para trazer a visão feminina às reuniões estratégicas. “Ele valoriza a habilidade das mulheres em lidar com as emoções, de ´perceber´ melhor o coletivo e o ´olhar feminino´ para as discussões das reuniões”, conta Ana Celia. Essa importância dada às mulheres também se reflete na forte presença da liderança feminina, uma vez que 80% do quadro são de mulheres nas posições de gerente ou supervisão. “Isso, entendemos, faz toda a diferença para manter indicadores, como absenteísmo e turnover, 50% menores do que a média de nosso setor.”
CONQUISTA
Para Ana Cristina, todo esse quadro é resultado do esforço das mulheres para atingirem seus objetivos. “Aos poucos seguem batalhando e conquistando seu espaço. Muitas gerenciam famílias, têm filhos, trabalham fora, fazem faculdade e vão chegar onde querem.” Tanto é que Ana Celia vê cada vez mais as mulheres investindo em sua formação, se especializando, completando MBAs , Doutorados, Mestrados. Porém, ela acredita que ainda há barreiras a serem vencidas. “Ainda temos muito caminho pela frente. Conviver com as diferenças e a forma de trabalhar de cada um, ainda é um desafio a ser vencido. Novas gerações chegam com a responsabilidade natural de avançar nesse setor”, finaliza.