A lealdade dos brasileiros para com empresas que investem em bons benefícios é de 72%. Este índice cai uma média de 20% entre trabalhadores que não os recebem. Em sua maioria, os colaboradores valorizam pacotes de benefícios oferecidos pelos empregadores, especialmente aqueles que vão além do que é exigido por lei e com foco na saúde e bem estar. É o que revela a terceira edição da pesquisa Tendências Internacionais de Benefícios para Funcionários, realizada pela MetLife.
O estudo busca revelar tendências nacionais e internacionais na área de benefícios que auxiliem as companhias a atingir metas estratégicas de negócios e de retenção de talentos e ainda traçar as principais aspirações de funcionários para com seus empregadores. Desenvolvido a partir da análise de mercado de três países – Brasil, Chile e México – o estudo entrevistou 700 empregadores e mais de 1100 funcionários.
O estudo aponta também que grande parte das empresas, tanto multinacionais atuantes na América Latina, as chamadas “multilatinas”, como as que operam em apenas um país, utilizam os benefícios como uma alavanca para alcançar metas de negócios, aumentar a produtividade, a satisfação profissional do trabalhador e os índices de retenção.
De acordo com a pesquisa, cerca de 80% das empresas multilatinas oferecem benefícios aos funcionários, enquanto pouco mais da metade, 52%, das nacionais dizem oferecê-los. Outro destaque é que quatro em cada 10 empresas que atuam em mais de um país oferecem benefícios diferenciados para altos executivos. Esse índice entre as companhias nacionais cai para apenas 27%.
Os resultados indicam ainda um aumento no interesse das empresas em oferecer benefícios voluntários – aqueles em que os funcionários arcam com o pagamento de parte ou total do custo. Cerca de metade das empresas multilatinas oferece assistência odontológica para colaboradores que desejam pagar por esse serviço, em comparação com apenas um quarto das empresas que atuam em um único país.
Quando o tema é previdência privada, há um maior interesse entre os brasileiros quando comparado aos chilenos e mexicanos. Mais da metade dos trabalhadores do Brasil está interessado em aumentar a aposentadoria com um plano de pensão suplementar. Funcionários dos três países expressaram preocupação com suas finanças pessoais, incluindo uma falta de preparação para a aposentadoria. Cerca de 70% dos brasileiros teme não conseguir sobreviver com o valor calculado, mesmo percentual entre os chilenos e um pouco superior ao dos mexicanos (63%).