Forte tendência já entre os usuários domésticos, a nuvem vem aos poucos ganhando espaço entre as empresas. Embora a adoção propriamente dita ainda seja tímida em termos de mercado brasileiro, as empresas estão mais receptivas à ideia de soluções de contact center em nuvem do que um ano atrás. O que já é um passo na direção acertada, segundo Julio Moretti, diretor de inovações da G4. “Nesse ano, percebemos que houve aumento de confiança do setor em soluções deste tipo.” Na opinião do executivo, as empresas começam a perceber ganhos estratégicos – e não apenas econômicos ou tecnológicos – na adoção do modelo, como gerir a plataforma anytime, anywhere; ter velocidade de mudança e implementação; entre tantos outros ganhos estratégicos. “Esse discurso é que trouxe o maior credibilidade ao modelo. Hoje, mais do que a 12 meses, os contratantes estão abertos a ouvir sugestões de plataforma de contact center cloud based”, comenta.
Ele vê como um caminho sem volta, destacando o fato de como os investimentos na produção de soluções nesse modelo vem subindo. Ou seja, a oferta subirá drasticamente e, ao seu curso natural, a adoção. Outra prova é o crescente assédio de empresas estrangeiras que apresentam soluções de contact center exclusivamente em nuvem, ao mercado brasileiro. “Aquilo que se tornou, ao longo dos dois últimos semestres, uma “discussão aceita”, começa a virar projeto implementado. E tende a crescer. E é inevitável que cresça. A velocidade de mudança exige. Hoje, o mercado de TI “as premise” – ou tradicional – cresce a patamares de 5% ao ano, enquanto o mercado de cloud computing cresce a 24% ao ano. Aos poucos, em maior ou menor escala, o mercado supera as desconfianças e os desafios”, destaca Moretti.
Entretanto, o diretor faz questão de ressaltar que a desconfiança não é com relação ao modelo. Neste sentido, o mercado parece maduro. “Não acredito que se trate de desconfiar, e sim, de se ter a percepção correta da proposta de valor. Desconfiança, no sentido de segurança da informação, de certa forma, ainda existe, e é natural que exista. Mas não vejo ele em maior ou menor escala do que projetos ´as premise´”, esclarece. Já como principal desafio, segundo pesquisas recentes, 52% dos executivos de negócios colocam a questão da segurança da informação. “De novo, isso me soa bem mais relacionado ao conforto com o modelo do que propriamente com a segurança. Mas a percepção de que ela é maior em ambientes não nuvem, de certa forma, representa parcialmente um equívoco. Hoje, modelos híbridos fornecem tanta ou mais segurança do que modelo premise based”, conclui.