Uma equipe colaborativa

O relacionamento interpessoal é parte do bom ambiente de trabalho, ligado a satisfação, retenção e engajamento – pontos imprescindíveis para uma operação de contact center. Por isso, se torna fundamental estabelecer um bom relacionamento entre os colegas de trabalho. Segundo Maria Candida Baumer de Azevedo, diretora da consultoria People & Results, amizade entre colaboradores é até benéfica, contribuindo para uma equipe colaborativa, sendo especialmente confortante e inspiradora para pessoas afáveis e altruístas. “Quando a amizade leva a confiança, as pessoas conseguem ser mais transparentes, o que leva ao conflito construtivo em torno de ideias, mantendo-se o foco nos objetivos da organização”, explica.
Claro, que esse ambiente não nasce naturalmente, sendo importante ter uma cultura empresarial que leve nessa direção. E aqui, cabe ao fundador/presidente da empresa formar as bases para esse bom relacionamento, a partir de suas atitudes. Isso significa, de acordo com Maria Candida, que líderes devem ser exemplos vivos de bom relacionamento. “As promoções só devem ser feitas quando esse elemento estiver presente. Qualquer reconhecimento relacionado a bom comportamento reforça esse traço na cultura, assim como reconhecer seu antônimo direciona o jeito de ser da empresa para outra prioridade”, esclarece a especialista.
No entanto, apesar das vantagens, essa amizade é saudável para a empresa até certo ponto. “Quando deixa de ser construtiva e acaba atrapalhando os interesses da organização impactando negativamente nos resultados deixar ser benéfica.” A diretora comenta que é necessário que a pessoa consiga separar ´de quem eu gosto´ das responsabilidades. Assim, o risco surge quando a amizade leva a formação das ´panelas´, levando ao isolamento de muitos. Outro risco se dá quando a amizade passa a ser critério para méritos, promoções e demissões, sem considerar desempenho. “Ambientes relacionais precisam de monitoramento frequente sobre o quanto as relações estão saudáveis”, completa.
Ela indica ainda colocar pessoas maduras para tomar decisão. “A maturidade pouco depende de idade, mas sim de equilíbrio emocional, variedade de experiência, capacidade de análise e visão do todo. O profissional precisa ser maduro o suficiente para conseguir separar aspectos profissionais e pessoais, conciliando os objetivos da empresa e relacionamentos saudáveis”, pontua. Além disso, Maria Candida acrescenta que a tomada de decisão precisa ser compartilhada, sempre em cima de argumentos objetivos e de preferência mensuráveis. “Isso evita riscos de protecionismo e parcialidade. Aqui surgem os comitês de gente, as reuniões de calibração e bônus.”

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