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Uma forcinha extra

Nos últimos anos, o mercado de contact center presenciou uma forte desenvolvimento. Essa evolução é resultado, por um lado, dos avanços tecnológico, como analytics e multicanal, e, por outro, da maior demanda, já que hoje o cliente está muito mais exigente. Nesse cenário de crescimento, é natural que as empresas do setor atinjam agora uma maior necessidade de escala e especialização, demandando um novo estágio de desenvolvimento de mercado. Uma saída é a abertura de capital. “As empresas conseguem ampliar seu acesso a fontes de financiamento, o que lhes permite maior visibilidade e consequente valorização da marca”, comenta Denis Forte, pesquisador no Programa de Pós Graduação em Administração de Empresas na área de Finanças Estratégicas do Mackenzie.
Ele explica que, no ciclo de vida das empresas do setor de contact center, alguns caminhos são possíveis para o crescimento do lucro e sua sustentabilidade. Forte coloca a compra de empresas existentes via fusão e aquisição, o constante exercício de reengenharia operacional buscando reduções de custos e a alavancagem financeira como ferramentas necessárias. “Assim, o mercado de capital é um dos caminhos possíveis aos que conseguirem se destacar nos fundamentos de negócio e permanecer na arena competitiva”, completa.
Com maior acesso a financiamentos e capital para a geração de valor, o professor afirma que há maior probabilidade de se alavancarem os lucros e dar maior visibilidade à marca. “A contraparte da abertura de capital são os altos custos de geração de informações, pois precisam ser auditadas, divulgadas em jornais de grande circulação, além da maior cobrança por parte da sociedade”, alerta.
AVALIAÇÃO
Hoje, apenas a Contax e a CSU estão na Bovespa. E os números não são tão animadores, na avaliação de Forte, mas mais pelo momento do mercado de ações, do que por causa delas. Tanto que, embora a Contax tenha crescido mais de 50% de receita operacional, entre 2010 e 2013, repercutindo em seu lucro em cerca de 41%, a relação preço/lucro caiu de 17 para 14,3. “Isso reflete mais o mau humor dos investidores locais nesses últimos anos do que seu bom desempenho”, ressalta. A CSU, por sua vez, parte de uma receita liquida de R$ 328,8 milhões em 2006, valor de mercado de R$ 529,4 milhões e prejuízo de R$ 16,9 milhões, para uma receita de R$ 382,1 milhões em 2013, com lucro de R$ 2 milhões. “Aqui foram necessários ajustes de despesas operacionais fortes para que o ponto de equilíbrio da empresa fosse alcançado.”

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