Autor: Guilherme Lousada
Atualmente, é difícil para uma empresa saber onde apostar as fichas quando o assunto é investimentos em VoIP e migração do parque convencional de telefonia para um cenário baseado em telefonia IP.
Além da grande variedade de opções existentes no mercado, há ainda muitas ofertas por parte das operadoras que trabalham com uma agressiva política de descontos para determinadas situações e serviços. A grande questão: diante de todas essas ofertas, como saber qual oferece a melhor solução para a sua empresa?
O segredo para essa resposta está primeiramente, em saber qual o real “Perfil” de utilização dos recursos de telecom da empresa em questão. Sem essa informação não é recomendável iniciar qualquer avaliação de novas tecnologias ou ofertas do mercado.
Desenhar o perfil da empresa consiste, basicamente, em saber qual o destino e os horários das ligações, as tarifas utilizadas e a quantidade de ligações realizadas.
Outro ponto importante é saber se os recursos contratados atualmente estão bem ou mal dimensionados e funcionando da maneira esperada. Só é possível ter uma visão real de tudo isso com a implantação de uma ferramenta de tarifação bem calibrada.
Com o perfil em mãos, começa o trabalho de avaliação das informações para que se tenha uma boa base para tomadas de decisão e assim diminuir o risco de um tiro no escuro na escolha de um novo caminho.
Trazer para dentro do seu negócio uma tecnologia VoIP ou telefonia IP pura pode, num primeiro momento, soar como a solução para os gastos com Telefonia, mas isso, infelizmente, não é bem assim. Dependendo do perfil de utilização analisado, um investimento em uma nova tecnologia pode não se pagar, e com isso não é possível atingir o tão sonhado Retorno de Investimento – ROI – de um projeto.
Outro item muito importante é saber se a rede da empresa está bem dimensionada para passar a receber o volume de chamadas mensais, que até então não existiam. Isso, com certeza, vai gerar um tráfego considerável e pode ser que passe a ser necessário redimensionar toda a estrutura, onerando ainda mais o projeto. Esse é mais um item que ressalta a importância da adoção de uma ferramenta de medição antes de qualquer tomada de decisão.
Mesmo após avaliar positivamente a implantação de novos recursos de tecnologia, o controle dos mesmos continua sendo de extrema importância, uma vez que se passa a ter novas preocupações e objetivos.
O principal objetivo será comprovar o ROI do projeto e para isso a ferramenta de tarifação cai como uma luva. Com ela será possível colocar custos nas ligações como se elas continuassem saindo pela rede pública de telefonia convencional e com isso é possível ter relatórios e gráficos consistentes mostrando o quanto estaria sendo gasto caso não tivesse utilizando a nova solução, inclusive com a evolução dos custos no decorrer dos meses, que irão comprovar claramente o acerto do investimento.
O controle da utilização dos recursos de telefonia da empresa por parte dos usuários ainda deverá ser feito, pois se inicialmente tem-se a sensação de que não há mais custo com telefone. Essa sensação é extremamente enganosa e não pode ser disseminada, pois há custos indiretos, como o custo do Homem Hora ao telefone, ocupação da rede, entre outros.
Portanto, a conclusão é que, não existe uma solução ideal para todos. Primeiro deve-se saber o real perfil de utilização dos recursos de telefonia da empresa antes de tomar qualquer decisão, conseguindo assim comprovar o retorno do investimento de forma eficaz e com maior tranqüilidade.
Guilherme Lousada é gerente de produtos e marketing da Sumus.