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A aceleração no uso dos dados para surpreender o cliente

Executivos de Circana, Gennie, Gok e Quod debateram os caminhos no uso de IA como aliada na análise de dados para tomada de decisões

Nos últimos quatro anos, houve uma revolução trazida pela enorme aceleração no uso dos dados, levando a tomadas de decisões que, economizando no tempo, ajudam a evitar custos e aumentar a receita com lançamentos mais rápidos. Para isso, a inteligência artificial e a GenAI funcionam como aliadas, permitindo fazer a conexão entre as diferentes bases de dados com que cada área da empresa trabalha – tudo com a presença do humano, sem o que o ciclo todo não se completa. Esse foi o cenário apresentado, hoje (27), por Mário Lemos, CEO e cofundador da Gennie, Ana Seccato, diretora comercial para Brasil, Argentina e Peru e Thought Leader de beleza para Latam da Circana, Victor Kubota, CPO da Gok e Rafael Rodrigues, CCO e diretor de operações da Quod, na 998ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Indagados, logo de cara, se a IA já tem condições de realizar análises preditivas, antecipando-se às tendências e às necessidades dos consumidores, a primeira a responder foi Ana, considerando que sim, por ser uma ferramenta capaz de apoiar o entendimento dos dados. Mas fez um alerta: “É fundamental, nesse aspecto, o papel do ser humano, o analista de dados, na compreensão de todo o contexto para saber onde e em que situação essas informações estão nascendo. Por exemplo, durante a pandemia, no mercado de beleza houve momentos pontuais dos consumidores, cujos dados eram circunstanciais e não podiam levar a nenhuma tomada de decisão. Ou seja, a IA é uma grande aliada, nos ajuda a cortar o caminho, mas depende também de um time de pessoas inteligentes lidando com ela.”

Já para Mário, é preciso saber diferenciar o que são as IAs, pois inteligência artificial não é algo novo, existindo há muito tempo. “O que muda, com a GenAI, é como, a partir das informações, ela consegue analisar com mais fluidez e interações, consegue conversar com esses dados, facilitando como segmentar e estabelecer pilares que sustentem a tomada de decisão. Por isso, é preciso diferenciar, porque uma coisa são aqueles serviços em fluxos contínuos, como no e-commerce por exemplo, em que a ferramenta vai ajudando nas micro decisões dentro da jornada. Outra é pegar os dados, entendê-los com mais amplitude e, daí, estudar que movimento fazer dentro da experiência do cliente.”

Por sua vez, Victor considerou que, embora a GenAI esteja causando um furacão nos negócios nos últimos 18 meses, as análises preditivas já estão muito presentes no nosso dia a dia há mais de uma década, dando vários exemplos. Já Rafael comentou que, como estatístico de formação, tem acompanhado as mudanças nesse sentido e se impressionado. “Tempos atrás, para se customizar um modelo gastava-se um longo tempo de análise e implementação, correndo-se o risco de criar algo já defasado. O que acontece hoje é que conseguimos, como datatech, devolver a análise ao cliente em uma semana, gerando até desconfiança sobre a seriedade do trabalho. Ou seja, há uma transformação cultural dentro dessa aceleração para ganhar credibilidade.”

Retomando a palavra, Mário diz enxergar uma tendência das empresas se voltarem mais para o core business, sem buscar muita inovação, movimentos disruptivos, pensando na rentabilidade de curto prazo. Entretanto, ele considera importante não deixar de acompanhar as mudanças dos consumidores nesse novo mundo de inteligência artificial e automação. “Como lembrou Rafael, hoje conseguimos análises de dados em segundos, em uma velocidade que se a empresa não souber como aproveitar e explorar, abre um flanco para os concorrentes.” Ana aproveitou para destacar a necessidade de descobrir como conectar as diferentes bases de dados das inúmeras áreas das empresas. “Já estamos chegando nesse estágio, uma verdadeira revolução na definição de inovações, no desenvolvimento de produtos, etc.” Victor também acrescentou que os dados permitem criar mais intencionalidade nas atividades e atitudes no desenvolvimento de produtos e serviços, com menor chance de erro e surpreender o cliente.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 997 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA retorna na segunda-feira, trazendo Cyro Naufel, diretor de RI do Grupo Lopes, que falará da aposta em franquias com corretores empreendedores; na terça, acontecerá a Especial Live 1000, a partir das 10h, que debaterá o tema “Cultura cliente: Qual é o nível de maturidade do mercado brasileiro?”, reunindo Paula Pimenta, general manager Latam da The Body Shop, Rodrigo Tavares, vice-presidente sênior de CX da RecargaPay, Betania Gattai, líder do cluster Consumer Engagement Centres para Latam e Brasil da Unilever, Celso Tonet, diretor de experiência do cliente da Claro, Hadassa Edueta, líder de CX e EX da Ipsos no Brasil, Marcos David Santos, head da Positivo Tech Services e Erika Martins, coordenadora do curso de Administração da ESPM-SP; na quarta, Paulo Nakano, coordenador de experiência do cliente na Serasa; na quinta, Álvaro Gazolla, CEO da Vida Veg; na sexta, Marilia Goldschmidt, gerente de marketing da Moove.

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