Executivo da 99Pay expõe os motivos do crescimento exponencial da fintech
Em novembro do ano passado, a 99Pay recebeu do Banco Central a certificação para operar como Sociedade de Crédito Direto, somando-se à licença de Instituição de Pagamento, obtida em julho, formalizando, de forma regulatória, atividades que a fintech comprovou ser capaz com sua estruturação e jornada fluida para os clientes. Criada há apenas cinco anos e aproveitando-se da base de usuários do aplicativo de transporte, a 99Pay já desfruta de uma carteira de 20 milhões de clientes. Detalhando de que forma o modelo de experiência do cliente retroalimenta a criação de novos produtos e soluções, Luiz Landgraff, head de estratégia e operações da 99Pay, foi o convidado, hoje (13) da 1069ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Nascida em julho de 2020, em um cenário bem diferente do que é hoje o mundo digital de meios de pagamentos, a 99Pay foi criada com a ideia, até então, de oferecer uma conta digital para facilitar a vida dos motoristas parceiros e um cartão pré-pago para flexibilizar os gastos. Foi, nesse momento, que começou a se formar a proposta de se constituir em uma fintech. “A ideia ganhou forma mesmo quando decidimos expandir esses serviços para os passageiros, que foi acelerada para evitar que eles fizessem pagamento em dinheiro, em plena época de pandemia. Fomos pensando em incluir novas funcionalidades, além de permitir que o passageiro fizesse uso do dinheiro em carteira, como recarga de celular, quitação de boletos, etc.”
Com isso, a fintech cresceu chegando, em maio do ano passado, a uma carteira de 15 milhões de clientes, mas com uma meta de alcançar 20 milhões até o final do ano, incentivando os usuários da 99 a usarem os serviços financeiros, já que estavam no aplicativo. A meta foi alcançada, graças à inserção de um link inserido no aplicativo que automaticamente, com um clique e a formalização de um cadastro, já é aberta a conta digital da 99Pay. Dedicada, por enquanto, para pessoa física, o head explicou que o objetivo sempre foi o de participar da bancarização do brasileiro, uma inclusão financeira, principalmente se aproveitando da chegada do Pix.
De acordo com Landgraff, o propósito da empresa continua sendo o mesmo: contribuir para a inclusão de pessoas ao ecossistema financeiro, oferecendo facilidade de uso e produtos acessíveis. “A 99 já tem mais de 50 milhões de usuários, o que nos ajudou a proporcionar essa inclusão financeira, com um dos fatores que é a facilidade de uso e mais tudo o que uma fintech pode oferecer.” Nesse sentido, perguntado como a 99Pay consegue se diferenciar das concorrentes, já que os meios de pagamentos foram basicamente padronizados, com o Pix, cartões e tudo o mais, ele explicou que é oferecendo uma jornada fluida e um bom atendimento ao cliente. Ele deu como exemplo a criação do “Acelerador de Lucro”, funcionalidade que oferece acréscimo aos rendimentos do CDI do dinheiro do cliente em carteira. “Por meio de pesquisas, descobrimos a importância desses valores serem publicados diariamente no espaço reservado ao usuário. Vamos fazendo vários testes dentro do aplicativo, para entendermos o que faz sentido para cada tipo de cliente.”
Sobre o processo de experiência do cliente na empresa, ele explicou que cada reclamação é vista como um problema a ser resolvido ou uma oportunidade para incrementar melhorias em produtos e serviços. Na sequência ele respondeu uma pergunta vinda da audiência sobre o recebimento das certificações do Banco Central e se houve tempo já de mapear as jornadas para entrega de valor aos clientes. “Isso foi feito antes, permitindo obter essas licenças, porque a 99Pay já estava estruturada, inclusive com as jornadas dos clientes, para realizar essas atividades.” O executivo também detalhou como funciona a avaliação de risco para liberação de empréstimos, entre muitos outros assuntos.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1068 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerrará a semana com o Sextou, que debaterá o tema “Outsourcing: O desafio das constantes transformações”, reunindo Adriana Frantz, distinguished analyst da TGT ISG, Luiz Gomes, VP de operações e experiência do cliente da Neo & Hypeone, e Leandro Lopes, head de operações da Algar Tech.
E a agenda da próxima semana já está fechada, iniciando-se na segunda-feira (17), com Fernando Otani, diretor de soluções de pagamento da Positivo Tecnologia, que falará sobre o impacto das novas tendências na experiência de compra; na terça, será a vez de Eduardo Machado Perez, country manager da Starbem no Brasil; na quarta, Alain S. Levi, CEO e fundador da Motivare; e, encerrando a semana o Sextou debaterá o tema “Jornada de consumo: O papel da mídia OOH na experiência com as marcas”, reunindo Marcelo Pacheco, CSO da Eletromidia, João Binda, diretor comercial da JCDecaux, e Paula Carvalho, diretora de negócios Sell Side e New Business da Kantar Ibope Media.