Beatriz Oliveira, CMO da Bitso

A experiência dos clientes no universo das criptomoedas

CMO da Bitso expõe de que forma a empresa ajuda a disseminar e consolidar a democratização financeira dentro da economia digital

Caminho natural da globalização somada com o avanço do mundo tecnológico, a economia digital vai se configurando como um futuro inexorável com a proliferação de criptomoedas, notadamente a partir das novas gerações que há tempos vem “gamificando” o uso do dinheiro virtual. Nesse sentido, vendo se materializar seu propósito de ajudar na democratização do sistema monetário internacional com atuação dinâmica dentro da economia digital, a mexicana Bitso, fundada em 2014, já acumula mais de 7 milhões de clientes na carteira, sendo 1,5 milhão deles no Brasil, onde cresceu quatro vezes desde aportou no País, em 2021. Explicando de que forma a empresa, atuando também na Argentina e na Colômbia, vem se empenhando na disseminação das virtudes das criptos, inclusive como alternativa inclusiva no sistema financeiro e mostrando as formas de uso que se vão consolidando, Beatriz Oliveira, CMO da Bitso, participou, hoje (29), da 766ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Iniciando o bate-papo, Beatriz contou que a Bitso nasceu no México, há quase uma década, tendo como missão tornar a nova cultura monetária útil às pessoas em geral, viabilizando e democratizando a economia digital. Ou seja, dando praticidade ao uso das criptomoedas, de um lado e, de outro, oferecendo uma alternativa aos que hoje sentem dificuldade de acessar o mercado financeiro. Nesse sentido, indagada sobre os principais desafios enfrentados para o cumprimento desses objetivos, a executiva mencionou em primeiro lugar a questão da disseminação dessa alternativa. “Um dos principais pilares do marketing nesse novo segmento é como educar a população, primeiramente explicando o que vem a ser uma criptomoeda. E mostrar que se trata de uma realidade inevitável, pois, em no máximo cinco anos, as pessoas estarão, por exemplo, comendo e bebendo em bares e restaurantes, podendo pagar com a moeda digital. O que já ocorre em alguns locais nos dias de hoje.”

Na concepção da executiva, ainda estamos na fase de esclarecer o que vem a ser essa moeda e, principalmente, eliminar os receios infundados em torno da mesma. Em termos de difusão sobre as possibilidades práticas de uso, Beatriz citou alguns exemplos concretos de empresas que já aceitam criptomoedas, nos segmentos de viagens e entretenimento. Ela citou a parceria com o São Paulo Futebol Clube para que os sócios-torcedores possam adquirir ingressos usando moeda digital, sendo que esta foi empregada também na transferência de um jogador da Argentina para o clube paulista. Exatamente entre os argentinos, por exemplo, quase tudo já pode ser pago com a cripto, inclusive muito por meio do sistema de QRCode, enquanto em El Salvador o bitcoin já é a moeda oficial do país desde o ano passado.

Instigada a falar da economia do futuro no digital e se esse fator pode proporcionar um sistema monetário mais justo, a CMO não vacilou em responder positivamente. Para ela, os avanços digitais estão tornando esse universo mais inclusivo, embora o cenário ainda seja de um desequilíbrio em termos de liberdade financeira pela concentração imperante nas atividades dos grandes bancos tradicionais. “Acordo todos os dias, até mesmo pensando no futuro dos meus próprios filhos, pensando em como o meu trabalho ajuda a tornar mais acessível esse sistema, em uma economia digital com criptomoedas que facilitem a vida da população.” Em termos de materializar esses objetivos por meio de uma visão cliente dentro da Bitso, a executiva garantiu que existe a preocupação com os produtos para as necessidades locais, ouvindo os consumidores e compreendendo quais são as dores e anseios em cada região. Nesse sentido, voltando ao caso da Argentina, o mais latente no momento, em um ambiente de desvalorização recorrente da moeda oficial, são estudados usos de casos bem pontuais que podem auxiliar a população a resolver suas questões se utilizando das criptos.

Ela acredita que a cultura cliente nesse segmento, ainda em construção e consolidação, já esteja ocorrendo com fluidez, algo que começa a se intensificar pela concorrência crescente, levando as empresas a conhecerem os atuais e potenciais clientes, estabelecendo uma competição saudável. Depois de detalhar os conteúdos e canais próprios e sociais por meio dos quais a empresa procura disseminar as virtudes da moeda digital, com receptividades variadas em termos geracionais, Beatriz esmiuçou como se desenvolve a experiência com o roadmap da jornada dos clientes também no aplicativo, com atualizações constantes de recursos, um dos fatores que teria levado a Bitso, só no último ano, a quadruplicar a base de clientes institucionais ativos no Brasil e triplicar o volume total negociado no País. que recebem. A CMO ainda comentou sobre as regulamentações nesse mercado, os sistemas de pesquisas da Bitso, a importância de compliance, a utilização das cripto nos mercados de  cross border e gamer, entre muitos outros temas relevantes.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 765 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (30), com a presença de Pedro Villa, co-fundador e CEO da Tutti Saúde Conectada, que falará telemedicina com foco na inclusão do público C e D; na quinta, será a vez de Claudia Gimenez, VP de operações e country manager da Concentrix no Brasil, e Rafael Vaz, diretor de CX da Viasat; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Diversidade: Relevância para os clientes e um desafio para as marcas?”, reunindo Bruno Batista, CEO da Trace Brasil, Luciene Rodrigues, gerente sênior de projetos sociais do Mover, Jandaraci Araujo, cofundadora da Conselheira 101, e João Torres, sócio e COO da Mais Diversidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima