Executivo da Carbon descreve a trajetória que levou a empresa à liderança do mercado da blindagem de veículos
O Brasil tem um total de 370 mil carros blindados circulando pelas ruas, o que pode ser considerado quase insignificante diante dos quase 2 milhões de veículos que as montadoras colocam no mercado anualmente. Entretanto, o número dos blindados se expande em cerca de 20% ao ano, acompanhando o crescimento da sensação de insegurança dos brasileiros. Corroborado também com essa ascensão, está a atuação da Carbon, responsável pela blindagem de cerca de 500 carros ao mês, obtendo certificações de diversas montadoras, sendo a única a receber homologação da Volvo globalmente. Contando de que forma uma empresa brasileira conseguiu projeção internacional, Michel Haddad, chief automotive OEM relations & sales intelligence officer da Carbon, participou, hoje (05), da 1045ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
A empresa foi fundada, em 2015, por empresários de outros segmentos que sentiram as dores de quem deseja ter carros blindados, se ressentindo de uma experiência deficitária, seja na compra do veículo, no pós-venda, no atendimento, etc. Ele identificaram a oportunidade, segundo Michel, de um negócio que oferecesse uma jornada diferenciada aos clientes. “Foi assim que, de um pequeno empreendimento, em tão pouco tempo nos transformamos na maior empresa global do segmento. Um dos motivos para isso é que o mercado continua crescendo, podendo alcançar mais 34 mil veículos blindados somente neste ano.”
Nesse cenário, indagado se o total de carros blindados no Brasil, 370 mil, segundo a Associação Brasileira de Blindagem, seria pouco diante do quadro de insegurança no País, ele respondeu que, efetivamente, é quase insignificante. “Levando em conta, os veículos zero quilômetros, que a indústria vende, cerca de 2 milhões ao ano, o universo de blindados ainda é incipiente. Porém, nosso setor de inteligência de mercado identificou que o principal fator que leva à compra do carro blindado de fábrica ou à blindagem de um usado, é mesmo a sensação de insegurança, que continua em ascensão. Por isso, apesar de pequeno, esse mercado de blindagem continua crescendo, chegando a se expandir cerca de 20% em 2024, sendo que o segmento automotivo como um todo não chega nem a dois dígitos.”
Falando da complexidade do setor, ele explicou que um grande desafio na oferta de uma boa experiência para o cliente está no fato de que nenhum carro foi feito para ser blindado. Ou seja, nenhuma montadora fabrica um automóvel esperando que ele seja todo desmontado posteriormente para inserção de proteção balística. “O mercado de blindagem ainda é tão carente de profissionalização. Foi o que a Carbon detectou como oportunidade, tanto dentro quanto fora do País. Aqui, principalmente, a grande maioria dos players são empresas familiares ainda não profissionalizadas, e isso reflete na experiência do cliente por uma série de fatores. Um deles, além da gestão como um todo, é a transparência nos serviços e no atendimento que, por incrível que pareça, ainda é um significativo diferencial”.
De acordo com Michel, uma das estratégias diferenciadas adotadas pela Carbon, nesse aspecto, foi ser parceira das redes de concessionárias de veículos. Hoje, a empresa mantém acordos com mais de 400 delas, de todas as marcas automotivas, com transparência nos preços cobrados, diferente do esquema amador e informal praticado no mercado. “O que explica porque, enquanto a maioria dos blindadores trabalha com 20 a 30 carros por mês, na Carbon esse número chega a 500 veículos.” Com isso, a empresa consegue obter certificação de várias montadoras, que homologam a sua blindagem, investindo, inclusive, nos testes balísticos, que chegam aos disparos de 400 a 700 tiros no veículo. “Quando o cliente compra a blindagem sem a certificação da montadora, ele perde algumas das garantias que são necessárias na manutenção.”
Houve tempo para o executivo falar das normas estabelecidas pelo exército brasileiro para os materiais utilizados na blindagem, quais os cuidados que o consumidor tem de tomar para ter a certeza de que está adquirindo um veículo efetivamente protegido. Ele também contou como a empresa se tornou a única a obter homologação da Volvo globalmente e lembrou o fato de ser a primeira empresa a blindar um carro elétrico, da Tesla, nos Estados Unidos.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1044 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerrará a semana amanhã, com o Sextou, que debaterá o tema “Experiência do cliente: Quais os caminhos para surpreender em 2025?”, reunindo Igor Saraiva, diretor de originação de vendas da Accenture Song, Anna Vidal, diretora de customer experience do iFood, Celia Nishio, diretora de Consumer and Market Insights na Nestlé Brasil, e Camila Assis, head de marketing e comunicação externa do Grupo Nós (Oxxo).