CEO da Sorte Online detalha o desenvolvimento do marketplace de intermediação para jogos oficiais
Quando proliferou a cultura de marketplace dentro do amplo leque de segmentos do varejo on-line, notadamente pelo impulso advindo do período da pandemia, já havia um modelo precursor, germinado pela iniciativa de uma única loja, e que surgiu quando a internet ainda engatinhava no país. Trata-se das apostas digitais em loterias oficializadas pelo governo. Utilizando-se de tecnologia e inteligência de dados para construção de conteúdo dinâmico, a Sorte Online veio crescendo e funcionando como intermediária entre lotéricas e apostadores e, agora, aguarda a regulamentação, no país, das apostas esportivas para manter essa evolução com credibilidade e confiança do mercado, conforme detalhou Marcio Malta, CEO da Sorte Online, hoje (31), ao participar da 713ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Oriundo do segmento de e-commerce e há três anos liderando a empresa, Márcio fez questão de iniciar pela história de empreendedorismo que marcou o surgimento da Sorte Online. Iniciativa ocorrida em 2003, quando ainda o mercado se movia pouco pela vertente digital, a partir da ideia do fundador, Jorge Ribeiro, dono de uma lotérica e especialista em tecnologia de web, que viu a oportunidade de vincular sua casa de jogos à internet, criando assim a primeira lotérica on-line, já comercializando o carro-chefe da empresa até hoje, que são os bolões dos grandes prêmios. Logo veio a transformação em plataforma, como marketplace dos jogos oficiais da CEF. Dessa forma, a empresa não realiza vendas diretas, mas atua como uma intermediária entre as lotéricas de todo o país e os apostadores.
De acordo com o CEO, ajudou muito a fomentar o novo empreendimento a troca de conteúdos com os portais de internet, tanto na rápida divulgação dos resultados dos sorteios, quanto nas probabilidades de cada aposta, inteligência de dados para apontar tendências e muito mais em conteúdo. O que funcionou como divulgação do ecossistema.
“No Brasil, hoje, existem mais de um bilhão de consultas diárias na internet, sempre logo após o horário dos sorteios, às 20 horas, pelos consumidores ansiosos por conferir suas apostas. Dessa forma, nossa plataforma ganhou ainda mais relevância, pois se esmera em proporcionar uma experiência muito mais facilitada para o usuário, com o máximo de informações e bem organizadas.”
Ao expor as barreiras que foram sendo ultrapassadas para edificação de uma cultura on-line para os jogos de loterias, Marcio afirmou que foi uma longa trajetória, com o hábito sendo facilitado pelo acesso à tecnologia. Isso se acentuou com a chegada da pandemia, inserindo-se no mesmo rol do crescimento do e-commerce em geral, mas em um patamar ainda maior dos que os 10% de expansão registrados pelo comércio eletrônico. “Houve um grande esforço de conquistar a confiança do consumidor, já que se trata de uma plataforma intermediária e não oficial de apostas. Pelo seu funcionamento e eficácia, a Sorte Online angariou um alto conceito de credibilidade, algo que vem sendo atestado pelas inúmeras manifestações dos usuários sobre a relevância que esse caminho aberto pela empresa foi tendo para o crescimento do hábito on-line de apostar.”
Nesses 20 anos de história desbravadora, assegurou o executivo, já foram mais de R$ 210 milhões em prêmios distribuídos aos usuários, fator que também corroborou para o ganho de credibilidade e escala nos negócios. Tudo potencializado, também, pelo fato da organização optar por só operar com produtos oficializados e regulados pelo governo, sem riscos para a empresa e os clientes, dentro de um mercado em que a concorrência cresce, mas enveredando também por caminhos de apostas esportivas e outros ainda não devidamente regidos por portarias governamentais. Nesse aspecto, indagado sobre quais são, então, as estratégias para se manter na dianteira frente a essa crescente concorrência, Marcio explicou que tudo se dá pela diversificação de conteúdo, já que a inovação fica limitada por se tratar de plataforma que se desenvolve em ambiente controlado e regulado. “Dentro desse espectro, nossos esforços vão-se dando em atualizações tecnológicas, ampliação de parceiros e aprimoramento de canais para experiência mais fluida possível com os usuários.”
Quando perguntado sobre eventuais pressões do mercado para ampliação de oportunidades para os usuários, em termos de mais tipos de apostas regulamentadas e mais alternativas de jogos pelo marketplace lotérico, Marcio afirmou que esse é um debate internacional, mas, que, atuando no Brasil e seguindo rigidamente as regras locais na legislação para jogos, a empresa tem uma grande preocupação jurídica em sua atuação. Embora acompanhe e tente participar de alguma forma dos estudos para futuros avanços nesse mercado, funcionando como um e-commerce igual a outro qualquer. Houve tempo ainda para o executivo dar detalhes da legislação no segmento, as perspectivas para regularização das apostas esportivas, praticadas pelos vários sites tipo “bets” que estão no exterior e atuam no modelo off-shore de forma legal. Além disso, comentou sobre os indicadores de NPS da plataforma, as boas notas em plataformas de reputação de marca e até sobre a relevância social da distribuição em políticas públicas dos mais de R$ 10 bilhões arrecadados anualmente pelo governo com as loterias, entre outros temas.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 712 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA continuará amanhã (01), com a recebendo Otavio Azeredo, diretor de marketing e pricing da área de combustíveis da Raízen, que falará da jornada de expansão e inovação em produtos e serviços; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “CX: Monitoria e qualidade no dia a dia da operação”, reunindo Fernanda Baumguertner, gerente sênior de qualidade e experiência do cliente da Claro, Priscila Carmona, CX Consulting Manager da ddCom, Pedro Castro, gerente corporativo de satisfação do cliente da Neoenergia, e Tiago Pires, gerente de relacionamento com o cliente da Cencosud Brasil.
