Bruna Moreira, head de marketing da Husky

A simplificação da vida financeira dos global workers

Executiva da Husky expõe como a cultura de customer centric vem impulsionando o crescimento e desenvolvimento da fintech de pagamentos internacionais

É cada vez mais comum ​​encontrar profissionais brasileiros trabalhando para uma empresa estrangeira, sem, necessariamente, sair do Brasil e com um salário confortável. Tanto que, a quantidade dos Global Workers, como são chamados, aumentou 491%, entre 2020 e 2022, de acordo com pesquisa da Husky, fintech brasileira criada em 2016 exatamente para facilitar os pagamentos internacionais. Atendendo, a princípio, profissionais do mercado de tecnologia, logo ela notou, entre seus clientes, a oportunidade de oferecer seus serviços também para os criadores de conteúdo. Muito desses dois movimentos – a criação do negócio e sua diversificação -, que permitiram seu rápido crescimento, se apoiam em uma cultura centrada no cliente apresentada, hoje (19), por Bruna Moreira, head de marketing da Husky, na 875ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA. No bate-papo, ela contou como a startup foi a fundada, a evolução do negócio até ser adquirido pela Nomad, as ações de marketing para conquistar novos clientes e as estratégias de encantamento.

De início, Bruna voltou no tempo para contextualizar o cenário em que nasceu a Husky. Com o desenvolvimento muito rápido das techs na última década, houve uma necessidade de contar com mão de obra estrangeira, sendo, então, o Brasil um exportador desses profissionais. Podendo trabalhar de forma remota, sem sair do País, eles, no entanto, tinham dificuldade para receber seus salários, algo sentido na pele por Tiago Santos e Maurício Corrêa. Em 2013, ambos trabalhavam para uma empresa de tecnologia americana e precisavam receber os pagamentos no Brasil. “Se, ainda hoje, essa operação é complexa, imagine-se àquela altura. Ao terem de ir aos bancos explicar que queriam fazer algo completamente lícito ao trazer moeda estrangeira para o País, viram a oportunidade de criar um negócio que traria solução para essa dor. Foi assim que em 2016 nasceu a Husky.”

O começo foi bem focado em profissionais de tecnologia, crescendo aos poucos a partir da rede particular de Tiago e Maurício, logo adquirindo uma base sustentável. Depois dos primeiros sete anos mantendo-se com o caixa próprio, a empresa foi adquirida pela Nomad, fintech concentrada em contas globais. “O importante é que os fundadores eram clientes daquilo que ofereciam e, por isso, podiam falar do quanto a solução que estavam disponibilizando respondia muito melhor ao que os profissionais buscavam. Sempre fomos uma marca de produto muito nichado, precisando crescer dentro dessas comunidades – profissionais de tecnologia que necessitavam receber dinheiro do exterior – e, assim, ganhar força e segurança a partir delas. Restava-nos, nesses primeiros anos, seguir em uma cultura de indicação, levando-nos a criar um programa que gerasse benefícios aos clientes que indicassem outros, levando-nos a crescer muito com esse modelo”, revela Bruna.

Tanto que essa familiaridade dos profissionais com as fintechs que lidam no mercado de câmbio foi o que aproximou a Husky da Nomad, o que era favorável para expandir neste novo momento da empresa, segundo a executiva. Além do que, era uma forma de oferecer um portfólio mais completo, uma vez que, enquanto a Husky tinha as soluções financeiras de remuneração profissional, a Nomad atuava globalmente com produtos de viagens, investimentos, etc. “Era uma questão de afinidade, para crescermos juntas, oferecendo muito mais possibilidades aos global workers.”Porém, hoje, o perfil dos clientes já se diversificou. Observando o mercado, a fintech notou a possibilidade de se relacionar também com criadores de conteúdo, atendendo youtubers, streamers, afiliados da Amazon e outras plataformas, que recebem pagamento via moeda estrangeira. “Foi uma descoberta interessante, pois notamos que era um novo público que procurava pelo nosso produto de forma crescente. Ou seja, pessoas que, da mesma forma que os demais global workers, sentiam dificuldade para receber seus pagamentos, encontrando na nossa empresa alguém que os entendessem e pudesse resolver o problema.”

Na sequência, Bruna destacou as formas de proximidade com os fãs por comunidades, com ações de encantamento junto aos clientes. Houve tempo, ainda, para que ela explicasse como utilizam os promotores de NPS e estimulam os demais, além de falar sobre o atendimento, que funciona com feedbacks por trocas entre os analistas; gamificação nas jornadas dos clientes; elementos de customer centric reforçados por toda a empresa; entre outros temas. O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 873 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 2,7 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA retorna amanhã (20), com a presença de Mariana Gonçalo, diretora de marketing de home care Unilever; na quinta, será a vez de José Luiz Belixior Jr, diretor executivo de experiência do cliente no grupo GOL Smiles; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Benchmark internacional: Onde está o diferencial em cultura cliente?”, reunindo Edgar Milagres, diretor de relacionamento com o cliente da VR, Edinelson Santos, diretor de atendimento ao cliente do Grupo Casas Bahia, Luciana Galvão de Oliveira, superintendente de ouvidoria da Brasilprev e Fernanda Studart, diretora de relacionamento e growth da DialMyApp.

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