Estudo da Mimo Live Sales aponta os resultados alcançados pelas marcas, por segmento, com a estratégia de transmissões on-line para vendas
Os segmentos de moda e beleza foram os que mais apostaram no live shopping como estratégia para tracionar seus resultados no e-commerce nos últimos anos. Por outro lado, foi o agronegócio que apresentou maior retorno sobre investimentos em transmissões on-line para vendas de produtos e serviços. As constatações fazem parte do estudo “Live Shopping Report by Mimo”, desenvolvido pela Mimo Live Sales, startup que atua nesse mercado na América Latina, modalidade que une o live stream com o e-commerce.
Divulgado este mês, durante o Vtexday 2023, evento global sobre transformação digital, “o relatório reflete o conhecimento acumulado em função do alto volume de lives feitas com mais de 150 marcas. É um marco importante para a Mimo compartilhar esses dados e representar um benchmark para um mercado novo, mas com um potencial de expansão imenso e que até 2024 vai corresponder a 20% de tudo que se venda on-line no Brasil”, afirmou Monique Lima, CEO da Mimo Live Sales.
Relevância para o modelo B2B
Um dos destaques do estudo é o retorno sobre investimentos para empresas que operam no modelo B2B. Entre as que têm adicionado o live shopping às suas estratégias comerciais com amplo retorno sobre seus gastos estão as do Agronegócio. Segundo o estudo, para cada R$ 1 investido para realizar transmissões on-line com a participação de consultores que esclareciam dúvidas dos clientes (no caso os produtores rurais), as empresas tiveram R$ 9 em volume de pedidos feitos durante a atração.
“Independentemente do mercado em que é realizado, os resultados revelam o tamanho do apelo que o Live Shopping tem para o público, e os indicadores no agronegócio denotam isso. Mesmo sendo um público com significativas particularidades, tem alto retorno sobre investimento no formato”, observou Monique.
Setores que utilizam
Os setores que mais incorporaram o Live Shopping foram o de Moda, concentrando 36% das transmissões. Em seguida aparecem empresas de Beleza (23%), Casa e Decoração (18%%), Eletrônicos (9%). Os 14% que restam distribuem-se em outros mercados.
Na avaliação do Chief Revenue Officer (CRO) da Mimo, Fernando Cardoso, “os dados demonstram que há um espaço inexplorado para que o varejo e demais segmentos possam utilizar o live shopping como diferencial da concorrência para tracionar mais vendas. A estratégia ainda está em seus primeiros passos no Brasil e isso revela uma grande oportunidade para quem precisa sair na frente”.
Melhores resultados em conversão
Quando o assunto é a taxa de conversão média, as farmacêuticas foram os que apresentaram os melhores resultados nos últimos anos. De acordo com o relatório, a indústria farmacêutica registrou 252% de conversão. Seguida pela indústria (110%), Beleza (35%), Bebidas (34%), Alimentos (32,5%) e Esportes (32,5%). Para chegar ao resultado o estudo baseou-se no volume de pedidos gerados durante a transmissão.
Sobre o ROI (retorno sobre investimentos) que as marcas registraram em suas lives, o report da Mimo mostra o segmento de esportes em primeiro lugar, com retorno de 12 vezes do valor investido. O Agronegócio vem em seguida com retorno de nove vezes. Em seguida aparecem as marcas de Underwear, com retorno de sete vezes e meia, Decoração (7 vezes), Papelaria (6 vezes), Moda (4,5 vezes). Com retorno de quatro vezes aparecem Eletro, Sapatos, Alimentos e Beleza.
Protagonismo das redes
As redes sociais e influenciadores foram os canais que mais trouxeram tráfego para as lives das marcas. Os números dão conta de que 57,9% da audiência que elas conseguiram atrair em suas transmissões vieram desses dois canais. Somam-se a eles mais 7,9% de clientes vindo via WhatsApp.
Os canais tradicionais, como o CRM e os anúncios em mídia completam os 34,2% restantes. “Isso nos sugere que, em geral, a tríade CRM, social media da marca e divulgação dos influenciadores funciona muito bem”, comenta o CRO.
Alto Engajamento
O “Live Shopping Report by Mimo” mediu também a taxa de engajamento das marcas em suas lives. Baseada no volume de curtidas e comentários dividido pala quantidade de usuários presentes na transmissão concluiu-se que o setor de Construção é o líder de engajamento (202%). Em sequência aparecem a Indústria (184%), Acessórios (158%), Imóveis (145%), Agribusiness (141%) e Underwear (128%). Abaixo da média de 100% de engajamento aparecem em ordem: Casa e Decoração (96%), Alimentos (94%), Tecnologia (93%), Bebidas (84%), Eletro (75%), Beleza (66%), Farmácia (61%), Esportes (58%), Moda (53%), Sapatos (40%), Papelaria (35%).