Claudio Maia, líder de open banking da Axway na América Latina

Brasileiros veem open banking como positivo

Consumidores apontam que os serviços de pagamento facilitados e a comparação de ofertas são os destaques

Com a quarta fase do open banking em operação desde dezembro, 79% dos brasileiros acreditam que o movimento crescente em direção a esse modelo é positivo. Eles veem nos serviços de pagamento facilitados e na comparação de ofertas as maiores vantagens. Isso é o que aponta um levantamento divulgado pela Axway, multinacional de gerenciamento de APIs que implementa soluções de open banking em nível global.

A pesquisa, que ouviu cerca de mil pessoas no país, revelou que 46,3% já sabem o que é o open banking, 46% já ouviram a respeito, mas ainda não sabem o que é, e 7,7% nunca ouviram falar. Quando apresentados ao conceito do sistema, surgem aqueles 79% que acreditam ser o movimento algo positivo.

Para os brasileiros, os principais pontos positivos do open banking são: serviços de pagamento on-line mais fáceis (59,3%), maior facilidade para comparar ofertas entre seu banco com outros bancos para encontrar o melhor negócio (56,4%), mais facilidade para comparar serviços financeiros e alternar entre eles (56%), maior facilidade para obter empréstimos (33,9%) e o fato de que seus bancos não oferecem todos os serviços financeiros que o open banking pode fornecer (18,3%).

“O levantamento mostra que, ao compreenderem o que é o open banking, esses consumidores são receptivos à novidade e detectam quais as principais vantagens que podem obter com o sistema. Os serviços de pagamento facilitados, que ocorrem por meio dos iniciadores de pagamento, como Pix e WhastApp, facilitam as transações entre diferentes instituições financeiras”, explica Claudio Maia, líder de open banking da Axway na América Latina.

A maior facilidade para comparações de ofertas e serviços, para encontrar melhores negócios e alternar entre instituições, é um fator importante do open banking.  “Em posse de seus dados, os consumidores têm o poder de comparação e decisão. É uma grande vantagem”, afirma Maia. Entretanto, há ainda preocupações em relação às mudanças. Quando questionados sobre os motivos pelos quais o movimento não seria positivo, 54,4% afirmaram que se preocupam em não ter controle sobre quem tem acesso às suas informações, enquanto 46% dizem que se preocupam que os aplicativos financeiros monitorem continuamente suas atividades financeiras e 40% diz que confia que seus dados financeiros sejam acessados por seus bancos, mas não por outros aplicativos.

“Vemos que a segurança e a privacidade ainda são a maior preocupação. Por isso, o Banco Central determina que o compartilhamento dos dados deva ocorrer apenas com o consentimento do consumidor, que pode revogar essa autorização a qualquer momento”, explicou Maia.

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