O segmento de materiais para construção civil tem comemorado boas performances de vendas em 2007. Segundo dados da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais para Construção Civil (Anamaco), fatores como redução do IPI e medidas de incentivo do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) influenciaram o crescimento de 7% das vendas no primeiro semestre de 2007 em comparação com o mesmo período de 2006. O pagamento das compras de materiais de construção com cheques pré-datados também tem sido um grande propulsor de vendas, mostra estudo da Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo.
Levantamento da empresa comprova esta tendência, já que nos primeiros sete meses deste ano, o volume total de cheques pré-datados emitidos para lojas do setor (78,02%) apresentou alta de 8,09% comparado a igual período de 2006 (72,18%). Ainda de acordo com o estudo, o percentual médio de pré-datados transacionados no segmento superou em 7,96% o nacional, que ficou na casa de 71,81%.
“A ampliação dos prazos de pagamento neste setor é o que mais tem motivado os brasileiros a retomarem o sonho da casa própria ou de reforma da casa”, comenta José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque. “É cada vez mais comum as lojas do setor facilitarem o pagamento das compras em até 10 ou 12 vezes no cheque, ou seja, darem condições melhores de financiamento quando se trata de cheque em detrimento de outras formas de pagamento”, ressalta Praxedes. “Isso porque o cheque se apresenta como um dos meios menos burocráticos e mais flexíveis para investimentos programados a longo prazo”, explica.
A pesquisa também mostra que o valor médio dos cheques recebidos por lojas do setor cresceu 15,69% em comparação aos primeiros sete meses do ano passado. Em 2006, a média de valor era de R$ 222,99, enquanto nos primeiros sete meses de 2007 já chega a R$ 257,98, superando em 42,24% a média brasileira (R$ 149).
“O valor médio das compras neste setor com o meio de pagamento cheque tem aumentado consideravelmente devido ao relacionamento direto e às facilidades que o brasileiro tem tido em conseguir crédito neste segmento. Esta relação muito próxima entre o varejo e o consumidor tem se fortalecido graças aos níveis favoráveis de inadimplência no setor (2,92%), o que reduz significativamente os custos tanto para lojistas como consumidores”, afirma Praxedes.