Ainda em patamar pessimista, a confiança do consumidor brasileiro se mostrou estável. É o que aponta o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que apontou 73 pontos em novembro. A pesquisa é medida de 0 a 200 pontos e afere a percepção da população sobre sua condição financeira atual e as expectativas em relação à situação futura, afetando o comportamento destas pessoas na hora da compra. Neste mês 1.657 pessoas foram entrevistadas em todo o território nacional.
O economista Ulisses Ruiz de Gamboa explica que o indicador está em curva ascendente desde maio deste ano, quando registrava 66 pontos. As altas apresentadas têm sido progressivas. A vacinação, as medidas de flexibilização, o aumento da ocupação formal e informal, a extensão do funcionamento do horário dos estabelecimentos comerciais e o fim das restrições são os fatores que contribuíram para a melhora gradual do humor dos consumidores. “O consumidor brasileiro ainda se mantém cauteloso. Aos poucos observamos também um aumento relativo da segurança com o emprego”, comentou Ruiz de Gamboa.
O Índice Nacional de Confiança ouviu pessoas de todas as regiões do Brasil. A menos pessimista é a Centro-oeste, com 84 pontos. Norte, Sudeste e Sul registraram respectivamente 83, 77 e 66 pontos. O Nordeste é o mais pessimista com 63 pontos. Entre as classes sociais, A e B se mostram um pouco mais confiantes que a classe C, 81 e 79 pontos respectivamente, enquanto as classes D e E atingiram 51 pontos. “Há boas perspectivas sobre o futuro, o que sinaliza uma pré-condição para a retomada da jornada do consumo”, emendou.
Confiança do Consumidor Paulista
Recorte do indicador nacional de confiança, o Índice de Confiança Paulista (ICCP) se manteve estável e na margem de erro (dois pontos para cima e dois pontos para baixo) com 74 pontos. Em outubro o registro foi dos mesmos 74 pontos, o que interrompeu a série de quatro altas seguidas desde junho: 65, 69, 73 e 75. “Continuamos em curva ascendente. O Estado de São Paulo acelerou o ritmo de vacinação e a economia aos poucos voltará ao patamar registrado anteriormente à pandemia”, disse Ruiz de Gamboa.