Pesquisa da Planejar mostra, entretanto, que a principal preocupação ainda é com curtíssimo prazo
Pesquisa realizada pela Planejar – Associação Brasileira do Planejamento Financeiro apontou que cresceu o número de brasileiros que afirmam realizar planejamento financeiro. O levantamento apontou que 82,3% dos brasileiros fazem algum tipo de planejamento nas finanças, contra 72% que diziam o mesmo em 2022. Essa é a terceira edição da pesquisa, que mostra uma evolução do planejamento financeiro entre os brasileiros.
Quando perguntados quais os principais objetivos para o planejamento, 35,1% responderam que é para organizar as finanças, enquanto 16,9% disseram que pretendem gerenciar as despesas do mês e 16,5% estão preocupados com a aposentadoria. O estudo também apontou que a maior preocupação do brasileiro ainda é com o curtíssimo prazo, com 64,3% das respostas, contra 17,7% no longuíssimo prazo.
Renda insuficiente
Já entre aqueles que afirmaram não realizar planejamento financeiro, apontaram como principal motivo não ter renda suficiente (19,5%), enquanto isso, 19,5% afirmaram não saber como fazer, 15,3% não têm disposição para fazer e 14,4% disseram que é porque eles não têm o hábito de realizar tal tarefa. Entretanto, quando perguntados se têm alguma ajuda de assessor financeiro para realizar o planejamento financeiro, 72,8% afirmaram que não, contra 27,2% que disseram contar com o apoio do profissional. Desses 27,2%, uma parte relevante (28%) disse contar com a ajuda de parentes e amigos e 27,3% contam com o gerente do banco, e 22,7% com agente ou consultor autônimo para essa tarefa.
De acordo com Osvaldo Cervi, vice-presidente do conselho de administração da Planejar, o resultado deste ano aponta que “houve uma melhora significativa no aculturamento da importância do planejamento financeiro, mas ainda há um longo caminho a perseguir, principalmente, sobre a conscientização da importância de um planejamento visando objetivos mais de longo prazo. Contudo, estamos no caminho certo, é natural as pessoas começarem por aquela ‘dor’ maior no curto prazo, aquela dificuldade do momento e, num segundo passo, irem para planejamento mais longos”.
A pesquisa foi encomendada pela Planejar e realizada pelo IBESPE, numa amostra de 649 entrevistas, estratificadas de acordo com parâmetros adotados pelo TSE.