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De obrigação à diferencial?

Há 15 anos, o Brasil tem uma legislação que visa promover a acessibilidade das pessoas portadoras de alguma deficiência ou com mobilidade reduzida. Entretanto, não é preciso ir muito longe para sabermos que nem os Governos, nem as empresas estão totalmente adaptados. Por conta disso, àqueles que investem na diminuição de barreiras, sejam locomotoras ou de comunicação, para esse público acabam conquistando um destaque. “Hoje em dia ainda é um diferencial, pois os estabelecimentos que tratam todos da mesma forma, sem discriminações, demonstram seu respeito a qualquer pessoa e destacam-se dos demais”, acrescenta Adriano Dorigo, sócio-diretor e arquiteto da Logi Arquitetura.
Ele ainda diz que ao pensar na acessibilidade, a empresa está beneficiando ainda aqueles que não são portadores de deficiência, como gestantes, idosos, com alguma lesão temporária, entre outros. Ou seja, estende-se à mais pessoas. “É uma questão de respeito, tanto para clientes quanto para funcionários que possuam alguma deficiência, necessidade especial ou limitação física, seja ela permanente ou temporária”, complementa Clarisse Petroski, também sócia-diretora e arquiteta da Logi Arquitetura.
Por outro lado, ambos os executivos acreditam que quanto mais as empresas passarem a investir e a difundir por estratégias de acessibilidade, aos poucos, esse pensamento será mais e mais difundido e cobrado por entidades públicas. “O panorama vem se modificando aos poucos, mas ainda está longe de uma situação ideal”, diz Clarisse. Dessa maneira, as empresas que ofereçam um espaço e atendimento para qualquer público que as procurarem estarão mais suscetíveis à fidelização e à criação de um laço mais fortificado. “Em se tratando de negócios, muito está relacionado à cultura da organização, à conscientização e capacitação dos funcionários para atender a qualquer pessoa. Possua ela alguma deficiência, limitação ou não.”
Dorigo também explica que o simples fato de permitir que um deficiente possa ter um contato sem dificuldades com a empresa é demonstrar que ela está preocupada com um tratamento igualitário. “Desde a antiguidade até os tempos atuais, as pessoas são rotuladas como produtivas ou não produtivas. O que se reflete em sua importância social. Erroneamente, o portador de deficiência sempre foi visto como não produtivo, colocando-o à margem da sociedade, pensamento que infelizmente ainda existe para muitas pessoas e empresas”, avalia.  E ao tratá-los igual aos outros clientes, a instituição ainda tem a influencia em ajudar no desenvolvimento da humanidade. 
No caso da Logi Arquitetura, Clarisse explica que todos os projetos criados pela empresa são pensados nas condições de acessibilidade. “Temos casos em que fizemos projetos específicos de diagnóstico e proposta de adequações de acessibilidade em diversas unidades de redes de varejo, como bancos e lojas de telefonia, por exemplo”, aponta. Dorigo complementou ainda que passar a considerar a acessibilidade em seus trabalhos, acabou transformando também a cultura da própria empresa. “Isso se faz presente no nosso dia a dia e passou a ser natural no ato de projetar. Entendemos as dificuldades de cada um e respeitamos.”

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