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Duas décadas de encantamento

Durante uma viagem de família aos Estados Unidos, Adriana Auriemo estava em um jogo de basquete quando foi atraída por um cheiro delicioso. Era uma barraca que vendia amendoins, nozes, amêndoas, de uma forma diferente. Foi dessa maneira que se iniciou a história da marca Nutty Bavarian no Brasil, pois depois dessa experiência a empresária trabalhou para trazer a empresa na mala. Este ano, a empresa celebra 20 anos de existência em terras brasileiras, com uma história de expansão em todo País e franquias em diversos shoppings e pontos de vendas. Por conta disso, Adriana, hoje diretora da companhia, conta que 2016 será marcado por muitas celebrações. “A gente faz aniversário em um ano muito difícil, desafiador, que começou com aquela incerteza e previsões muito pessimistas para o varejo de uma maneira geral. Ainda bem, estamos terminando em um clima um pouco mais favorável”, comenta.
Assim sendo, a crise não foi empecilho para que a empresa planejasse ações especiais e entre outras estratégias, foi criada a campanha “Louco por Nutts”, cujo objetivo era apresentar o produto para aquele público que ainda não conhecia a marca. “A gente percebeu que quase todo mundo que experimenta nosso produto diz que adora. Escutamos isso demais”, diz a executiva. Dessa forma, a ação consiste em convidar os clientes que já eram fãs da empresa nas redes sociais a indicarem amigos, que ganhariam cones promocionais para experimentação. E o resultado foi melhor que esperado: “dobramos o número de pessoas cadastradas, que foram retirar esse cone”. Além disso, outro ponto alto da empresa para 2016 foi a volta aos Estados Unidos. Isso porque, em 1996, quando foi trazida para o Brasil, foi desenvolvido um modelo de negócio, com layout, embalagem, estrutura, totalmente diferente e, com isso, houve o convite de levar todo esse conceito para a terra de origem. “Estamos, agora, no nosso quinto ponto e até o final do ano devemos abrir mais cinco”, detalha.
Mas, com certeza, se a empresa hoje tem motivos para comemorar é porque conseguiu, nessas duas décadas, estabelecer-se no mercado e conquistar uma base sólida de clientes. Até porque, como conta Adriana, esse mercado de restaurantes de pequenas porções, ou mais conhecidos por snacks, tem como característica uma existência cíclica. Ou seja, houve a moda das paletas mexicanas, a fase dos produtos gourmets (pipocas, brigadeiro, churros), em que o produto se torna uma tendência, surgem diversas marcas parecidas, mas com o tempo nenhuma tem muita força para continuar. Fazendo uma reflexão sobre a história da sua companhia, a diretora afirma que o objetivo desde o início era ser referência, para justamente ter essa possibilidade de continuar. “Quando a gente começou, a nossa ideia era que o cliente conhecesse não apenas o produto, como a marca também. Há 20 anos era um produto que ninguém conhecia. Introduzimos esse produto através de muita degustação”. 
Outra estratégia foi de trabalhar justamente com aquilo que fez a executiva conhecer o negócio, o cheiro. Como essa característica é natural do produto, em seu processo de criação, a ideia foi de fazer uso de conceitos do marketing sensorial para atrair mais pessoas. “A gente quer ter um produto que fosse gostoso e pegue o cliente pelo impulso, pelo cheiro também, que no final é a nossa assinatura”, detalha ela. E apesar de a empresa ter sido obrigada a criar um sistema de contenção de odor, pois muitos shoppings não permitem esse trabalho com o cheiro, a marca ainda consegue lidar com essa estratégia de forma mais sutil e que continua conquistando público. “Se eu falar da marca com as pessoas, nove entre 10 vão falar do cheiro. Esse é o primeiro atrativo, a coisa que eles mais lembram”. E por conta desse empecilho, a empresa ainda criou um processo de storytelling em toda sua parte visual. Desde a estrutura do quiosque, à embalagem, tudo conta a história de algo artesanal, rústico, junto com o fato de a produção ser feita na hora. “É uma coisa que a gente preza demais, o cliente vê aquilo e faz muita diferença.”

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