Muitos segmentos já colhem bons resultados com o comércio eletrônico. A economia de tempo e a facilidade para consultar diversos fornecedores sem sair de casa ou do trabalho têm atraído muitos consumidores. Estudos da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico indicam que o e-commerce fechará o ano com um movimento de R$ 3,9 bi ante R$ 2,5 bi em 2005, crescimento de 56%. “A tendência é que isso não se limite apenas a lojas, mas chame atenção da indústria, que buscará parcerias para chegar mais rápido ao seu cliente final”, aposta Thomaz Krause, diretor de Criação da Beta Interactive Design. Um exemplo disso é o site desenvolvido pela Beta para a Mizuno, que fechou acordo com a empresa de venda direta Gera, para administração o site de varejo.
Entretanto, Thomaz alerta que as companhias devem ficar atentas à fidelidade que o portal deve manter aos conceitos da marca da corporação. “O ambiente digital deve unir as orientações do branding da empresa à facilidade de navegação”. Ele informa que sem isso, a organização pode confundir seu consumidor e prejudicar esforços anteriores para solidificar a marca.
“Se esses cuidados forem tomados, a empresa abrirá um novo campo de negócios, podendo até tornar esse site um ativo mais valioso que o próprio patrimônio físico da organização. A recente mega fusão entre a Americanas.com e o site Submarino criou a maior empresa de e-commerce do País, a B2W, que já nasce com valor de mercado orçado na casa dos R$ 6 bilhões, comprova esse raciocínio”, argumenta o diretor.
Para que a iniciativa renda bons frutos a empreitada deve levar em conta alguns preceitos como a boa apresentação visual dos produtos e contar com parceiros, com conhecimento técnico e conceitual, para desenvolver um site de navegação fácil e agradável, ou corre-se o risco de tornar a comodidade, almejada pelo consumidor, em incômodo, segundo Thomaz.