Quando o assunto é felicidade, ninguém discorda que lazer e dinheiro são importantes. Mas, sete entre dez brasileiros (69%) preferem um estilo de vida que tenha mais tempo com a família, mesmo que isso implique em salário menor. Segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) essa é uma preferência que se destaca entre os brasileiros de todas as classes sociais. Ainda assim, cerca de 20,6% dos brasileiros afirmam preferir ter mais dinheiro, mesmo que tenham que trabalhar bastante para isso e não tenham tempo para a família, seus amigos e lazer, aumentando para 28,4% entre os mais jovens.
PREFERÊNCIA EM VIAJAR
De acordo com os dados, mais da metade dos entrevistados (51,3%) prefere deixar de comprar roupas, calçados e outros itens para viajar. Principalmente, pessoas das classes A e B e que possuem alta escolaridade. Outros 26% indicam o contrário: a preferência é por poder comprar tudo o que desejam no lugar de viajar – alternativa mais escolhida por jovens, pessoas de baixa escolaridade e pertencentes às classes C, D e E.
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, é possível perceber que a valorização da experiência como meio para alcançar a felicidade, em detrimento do consumo, é mais comum entre os respondentes mais velhos. “São eles os que mais dizem ser felizes e também os que mais acreditam que a felicidade está ligada, principalmente, em ter mais tempo junto aos familiares”, diz Kawauti. “Ao mesmo tempo, os jovens são mais conectados à ideia de posse e de consumismo. Nas classes sociais mais baixas também ocorre algo semelhante, talvez porque essas pessoas ainda não tenham alcançado o patamar de consumo ao qual desejam chegar.”
MAIORIA É FELIZ
De acordo com os próprios entrevistados, 63% atribuem uma nota acima de 8 – entre 1 e 10 – para a própria felicidade. Principalmente as mulheres, pessoas das classes A e B e que têm 56 anos ou mais. A nota média dos brasileiros é de 7,9. Quando perguntados sobre os requisitos necessários para ter felicidade, 33,5% dos brasileiros afirmam que ter mais tempo para a família é o principal. Logo após, 15,6% dizem que é ser saudável e 14,5% que viajar seria a principal fonte para ser feliz. Também há os 14,3% que afirmam que os aspectos relacionados ao consumo são os mais importantes. Assim, a pesquisa comprova que, no geral, 85,7% dos motivos que deixariam as pessoas mais felizes não estão relacionados diretamente com dinheiro.
