Com o profundo impacto da pandemia nos diferentes aspectos sociais e econômicos da população, as adaptações do cotidiano se mantém como uma nova forma de comportamento. A tendência, mesmo diante do futuro cenário seguro e estável, mostra que parte das transformações sociais deve seguir como hábito. Para entender as consequências do fenômeno no comportamento dos consumidores, a Avon reuniu uma equipe de especialistas e cientistas para a realização de uma pesquisa global sobre a beleza no mundo pós-pandemia, que revela novos cenários e padrões para a indústria.
No estudo, cerca de 4 mil mulheres de diferentes nacionalidades – Reino Unido, Polônia, África do Sul e Polônia – foram entrevistadas. “Vimos os hábitos de compra e de beleza se modificarem no mundo todo, provocando também um movimento de mudança das empresas. No Brasil, por exemplo, outra pesquisa exclusiva mostra que as mulheres já vêm colocando em prática vários desses novos comportamentos, como a preferência por serviços digitais de compras, o interesse maior em rituais de beleza e transformações na relação com a imposição de padrões estéticos e com a própria autoestima”, comenta Juliana Barros, diretora executiva de marketing na categoria de maquiagem da Avon Brasil.
Apesar de não ser novidade no mercado de beleza, as ferramentas digitais se tornaram uma prioridade para as consumidoras de vários países. Cerca de 44% das entrevistadas, de acordo com o estudo global, têm dificuldade para encontrar produtos com cores equivalentes ao seu tom de pele em maquiagens e cosméticos em geral, por isso, serviços de experimentação digital em aplicativos estão em alta e muitas vezes se tornam uma experiência lúdica para o consumidor. Um exemplo são os filtros criados pela Avon para experimentar os batons das linhas Power Stay e Ultra, via Instagram, que tornam a experiência de compra dinâmica e mais personalizada.
Outra tendência observada é o crescimento da confiança de consumidores em cientistas e pesquisadores. O estudo mostra que 64% das pessoas estão mais dispostas a ouvir conselhos dos especialistas, especialmente após a onda de desenvolvimento de novas vacinas para o enfrentamento à pandemia. Consequentemente, é esperado que a ciência em alta também impacte na escolha por produtos com eficácia comprovada em evidências científicas. Ainda, 81% das mulheres acreditam que ingredientes naturais são mais seguros para a pele, uma tendência que deve se expandir para que marcas busquem novas fórmulas e manipulações.
Já os rituais de autocuidado continuarão a fazer parte da rotina dos consumidores mesmo após reabertura de salões de beleza. A pesquisa aponta que, com as restrições sociais implementadas, houve um aumento da preferência por produtos de tratamento em casa, como itens voltados para massagens, limpadores e itens para banho, em 2020. “Enfrentar uma nova realidade trouxe uma perspectiva diferente sobre beleza para os consumidores, que se aprofundaram em suas preferências pessoais. A partir disso, passaram a ter mais conhecimento e interesse ao que compõe sua rotina de autocuidado”, explica a executiva.
Os rituais do dia a dia também são fortalecidos a partir de uma nova ótica: produtos de beleza foram apontados como a principal forma de ajuda para o alívio do estresse (64%). Já a apreciação do processo de envelhecimento também ganha destaque – 2 a cada 5 mulheres de 55 anos entrevistadas já não consideram rugas e linhas finas como suas maiores inseguranças com a pele, por exemplo.
Tendências já no dia a dia das brasileiras
Recentemente, a Avon também realizou, no Brasil, a pesquisa chamada Olha de Novo, em parceria com a empresa de consultoria Grimpa, sobre possíveis transformações nos hábitos de beleza e consumo de mulheres no país após o início da pandemia. O estudo revelou diversas semelhanças com os resultados da pesquisa global, mostrando que, para as brasileiras, essas tendências já fazem parte da sua realidade.
Um exemplo é a própria digitalização, aspecto importante para 67% das entrevistadas da pesquisa Olha de Novo, que sinalizaram que o e-commerce se tornou o seu principal canal de compras. Outro ponto em comum entre os levantamentos é a transformação na forma como as mulheres lidam com a pressão estética: no país, 80% das entrevistadas afirmaram que a autoestima se tornou uma questão de bem-estar e não de padrões, priorizando a saúde (69%) e as qualidades pessoais (24%).
O estudo também revelou que as mulheres brasileiras, assim como as estrangeiras, também estão investindo mais em rituais de autocuidado e que essa prática também tem um papel positivo na saúde mental da maioria. Cerca de 34% das entrevistadas revelaram estar mais interessadas em produtos de cuidado com a pele e do corpo com o objetivo de cuidar mais de si mesmas. Além disso, 80% afirmaram que tais produtos foram aliados no aumento da sensação de bem-estar durante a pandemia.