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Nara Iachan, co-fundadora e Chief Marketing Officer da Cuponeria

Inovação ditando hábitos de consumo

Para uma startup que nasceu trazendo para o país uma cultura de mercado até então pouco explorada – a dos cupons de descontos -, as circunstâncias da pandemia apenas fortaleceram a marca registrada da Cuponeria: inovar nos hábitos dos consumidores. Dobrando o faturamento ano a ano, a empresa cresceu ainda mais nesse período com a percepção de que grandes marcas queriam se aproximar dos clientes, oferecendo algo a mais no relacionamento. Daí nasceram não só os cupons on-line, mas um Clube de Benefícios e um modelo de cashback diferenciado, junto com o programa Compre & Ganhe, gerando aos usuários prêmios a partir das notas fiscais no momento das compras. As estratégias e bases nas quais se assentam esse sucesso foram compartilhadas, hoje (27), por Nara Iachan, fundadora e Chief Marketing Officer da Cuponeria, ao participar da 314ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.

Criada há 10 anos, a startup fundamentou seu negócio todo, inicialmente, nos cupons físicos de descontos. A executiva contou que a Cuponeria avançou oferecendo-os como a melhor alternativa do gênero principalmente para grandes redes varejistas e de fast foods. Entretanto, esse caminho de consolidação do negócio foi, de repente, colocado em xeque com a chegada da pandemia. Depois do susto, que levou alguns meses, com as lojas presenciais fechadas, a organização foi se reinventando. Além de migrar os cupons para plataformas de e-commerce, incluindo depois o conceito de cashback, fez surgir o Clube de Benefícios e o Compre & Ganhe, que permite ao consumidor resgatar prêmios escaneando o QR Code impresso na nota fiscal. E, de tudo isso, surgiu o grande crescimento da empresa.

“Tivemos de nos reinventar completamente, mas sempre a partir daquilo que nossos clientes e seus usuários sentiam carência. Um momento muito sensível, com novas necessidades. E descobrimos, em nós mesmos, uma capacidade de reação inovadora que desconhecíamos.”

Indagada sobre em que momento pôde sentir que essa reação estava tomando o rumo certo, Nara respondeu que foi ao perceber a necessidade demonstrada pelas marcas de superarem a crise se aproximando mais dos consumidores. Uma demanda das grandes indústrias em tornar explícito o apreço pelos clientes de formas mais palpáveis. “Por outro lado, começamos a detectar, por parte dos usuários, o interesse crescente por cupons atrelados aos serviços de delivery, de alimentos e produtos, cursos on-line, etc. Enquanto, por uma terceira via, enxergamos o quanto os bancos, as bandeiras de cartões, também queriam fidelizar e aproximar mais os clientes, com mimos e agrados traduzidos em facilidades para o dia a dia.” Tudo isso veio ao encontro da inquietude e do otimismo permanente da liderança da startup.

Um dos trunfos apontados pela executiva para o êxito foi a cultura de MVP (Minimum Value Product) adotada pela empresa desde o início. Existe o teste bem calculado antes de se apostar todas as fichas em um novo produto. Ela comparou esse cuidado àqueles momentos em que a pessoa primeiro testa a temperatura da água com os pés antes de efetuar o mergulho. “Esse não é, certamente, um modelo seguido por todas as startups, mas é no qual acreditamos, por evitar muitos desperdícios.” Outro aprendizado que corroborou para o sucesso de uma empresa que praticamente dobra o faturamento a cada ano, de acordo com ela, veio junto ao Google – big tech que acelerou a startup e a premiou como o melhor aplicativo em 2016. Trata-se do foco no core business e dentro de uma forte cultura de simplicidade.

Outra marca característica da Cuponeria, reforçou a co-fundadora, é provocar a mudança de hábito dos consumidores. Foi assim que a empresa nasceu, trazendo ao Brasil a cultura de cupons de descontos que já era forte há algum tempo em outros países. E, no seu entender, essa tendência se mantém com repetidas novidades que introduzem novos hábitos de consumo. Atualmente, por exemplo, ela citou um novo modelo de cashback atrelado a uma extensão do Google Chrome. Da mesma forma, ela aponta a edificação de um Clube de Benefícios para bancos e bandeiras de cartões casado com premiações, proporcionando retenção e fidelidade. “Desenvolvemos uma espécie de sensibilidade para detectar soluções para desafios que as empresas estão enfrentando e os quais têm dificuldade de solucionar. Inclusive no que tange a criar facilidades para os usuários.” Para isso, foram estruturadas na startup as áreas de dados, informações e realização dos testes.

O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 313 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A série de entrevistas terá sequência amanhã (28), recebendo Paula Cardoso, head de marketing da Pravaler, que falará sobre a revolução no aporte à formação das novas gerações; na quinta, será a vez de Ricardo Sanfelice, Chief Marketing & Digital Officer do Banco Bari; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá a experiência global com insights à inovação em CX, com os convidados Juan Manuel González, Research Director – Information and Communications Technologies da Frost & Sullivan, Paulo Manzato, vice-presidente regional de vendas da Talkdesk para Latam e Luiz Antunes, diretor de solutions consultant da Zendesk para Latam.

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