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Inovação é melhor quando feita em conjunto

Fruto da globalização e da maior dependência com a internet, hoje o mundo se encontra em um cenário cada vez mais conectado, resultando em uma rede, seja entre coisas ou pessoas. Nada mais está sozinho ou faz suas funções sem algo ou alguém. É por essa razão que vem se tornando mais e mais imprescindível que as empresas contem com colaborações de diversos os lados. É uma opção que facilita a implementação dos projetos, une conhecimentos, experiências e permite, ainda, que as ações possam ser mais efetivas. Principalmente, se a colaboração contar com a participação de um integrante importante para o negócio, o cliente. 
Podendo também ser chamado de cocriação, o crowdsourcing é um caminho que vem sendo seguido por muitas empresas, como a Natura, que adota o modelo de inovação aberta e colaborativa desde o início de 2000. “Ele (modelo) nos permite atuar de forma integrada com instituições de pesquisa, empresas de diferentes portes, empreendedores, consumidores e programas de governo, maximizando o esforço de inovação de todo o sistema”, conta Adriano Jorge, gerente de inovação aberta. “Hoje, contamos com uma estrutura para criar projetos e conceitos em parceria com uma rede de mais de 200 parceiros, entre universidades, instituições de pesquisa, laboratórios de testes, empresas e órgãos de fomento.”
Ou seja, inovar é bom e essencial para o negócio, mas é melhor ainda se for feito em rede, em conjunto. “Estamos saindo de uma era da individualidade para a da convivência, momento no qual as pessoas terão de estar juntas para fazer as coisas. Por isso, percebemos que o papel da Natura não se restringe em apenas prover o consumidor de produtos, mas sim manter as relações que são de troca, incentivando a geração de ideias e soluções tecnológicas compartilhadas, que fazem sentido para o todo”, explica o executivo. Ele ainda ressalta que a empresa acredita que a criação coletiva é capaz de construir respostas para os desafios do mundo na qual atua. É por essa razão que, em 2013, criaram o programa Cocriando. “Uma rede aberta a todos aqueles que se identificam com a essência da empresa para colaborar e cocriar ideias, conceitos e protótipos para os desafios de inovação. Essas interações acontecem na plataforma virtual e em encontros presenciais.”
Dessa forma, sempre que surge um desafio em que é possível oferecer a oportunidade dos clientes cocriarem com a empresa, é lançada a Jornada de de Cocriação. “Essa é uma oportunidade desse público se sentir próximo da Natura e integrar o processo de inovação da empresa”, aponta Jorge. Desde o ano passado, já foram realizado quatro jornadas, que contaram com a colaboração de 1800 pessoas, cinco meses de interação, oito encontros e 2500 contribuições, que vão desde percepções, a ideias, insights, etc. “As relações estão no centro da nossa forma de fazer negócio e por esse motivo uma de nossas prioridades é a melhoria contínua da qualidade do relacionamento que mantemos com todos os nossos públicos.”
Por meio do Cocriando Natura, a empresa criou ainda o Jornada Presentes, em que os clientes trazem percepções, necessidades e ideias que podem influencias a forma como são pensadas as inovações em estojos para datas especiais. “As principais percepções que foram coletadas dos consumidores foram: importância da personalização dos presentes, significado do presente e estojos que trazem produtos que contam histórias. Esses insights já estão sendo convertidos em inovação de produtos para as datas comemorativas de 2015”, conta Jorge. 
Aqueles que pretendem seguir a mesma estratégia da Natura, o executivo conta que as empresas precisam disseminar tal cultura interna entre os colaboradores. “A inovação aberta e a cocriação nascem de dentro para fora das empresas. É importante gerar engajamento e conexão das diferentes áreas para que as iniciativas tenham sucesso”, expõe. Sem contar a necessidade de identificação dos desafios para que o aporte de ideias externas possa contribuir para o resultado da inovação. “O crowdsourcing pode ser realizado utilizando-se plataformas de serviço que existem para essa finalidade e que atuam como intermediários do processo ou então por meio da criação de programas proprietários de inovação aberta que aproximam a empresa dos seus públicos de relacionamento”. E, segundo ele, a Natura escolheu a segunda opção.

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