Em campanha elaborada pela Wunderman Thompson Brasil, centenas de vozes femininas constroem o som da persona Ângela
O instituto Avon anunciou a criação, através da assistente virtual Ângela, da campanha dos 21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Mais de 500 mulheres entre pessoas da sociedade em geral, representantes Avon, consumidoras, colaboradoras, parceiras e seguidoras do Instituto e da marca nas redes sociais foram convidadas a doarem suas vozes para a construção do som que gerou o áudio do chatbot, Trata-se da ação digital do braço social da Avon, “Voz de Todas”, desenvolvida pela Wunderman Thompson Brasil.
“Ao convidar as mulheres para contribuírem, reforçamos a potência e relevância da união feminina. A voz da Ângela nos representa, assim como representa todas as mulheres que querem continuar ocupando espaços, ultrapassando barreiras e contribuindo com o futuro das novas gerações, principalmente, contra situações de violência de qualquer tipo”, salientou Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.
Dinâmica da ação
No início de novembro, áudios de mulheres foram coletados no site Voz de Todas para compor uma voz única e que dá ao chatbot de enfrentamento à violência de gênero do Instituto Avon, autonomia para falar qualquer tipo de palavra ou frase. “O som compactado e que permite à Ângela se comunicar será usado nas redes sociais do Instituto Avon em pautas relevantes para as mulheres, principalmente em temas como liderança e igualdade, política e espaços femininos. Além disso, será possível compartilhar informações sobre como usar o lugar de fala como ferramenta de proteção e inspiração para outras pessoas”, explicou a executiva.
Ainda segundo Daniela, a campanha “Voz de Todas” tem como objetivo integrar as mulheres para que suas experiências e perspectivas sejam ouvidas em espaços tradicionalmente masculinos. “Ângela será um meio de comunicação importante do Instituto Avon para convocar a sociedade a transformar atitudes silenciadoras, repetitivas e naturalizadas que excluem as mulheres do debate público. Quando usamos nossa voz, compartilhamos informações, rompemos isolamentos e incentivamos outras pessoas a falarem e a lutarem por seus direitos e espaços”.
Criado pela produtora Bolha, o deep voice construído passou por um sistema de voz que ensina máquinas como pessoas reais falam e foram utilizadas 5 horas de vozes doadas. Uma adequação dos áudios foi feita para chegar em um guia e com ele iniciou oficialmente o desenvolvimento da voz da Ângela. Foram necessários 35 minutos do áudio guia, treinado em aproximadamente 300 horas, para chegar no resultado ideal com uma boa entonação, um timbre próximo do humano e falas 100% compreensíveis.