O surgimento da crise pandêmica global favoreceu a ampliação da importância conferida a residências, condomínios, indústrias e escritórios com muita automação em conceito touchless. Essa preocupação com segurança e cuidados sanitários foi um dos fatores que impulsionaram ainda mais os negócios do grupo Nice, multinacional italiana que, em 10 anos no país, aplicou sua estratégia de crescer adquirindo marcas estabelecidas e as absorve em uma integração de culturas a favor da cadeia de distribuição e instalação que chega aos consumidores finais de forma homogênea. Aos poucos, o grupo vem trazendo ao país toda a conectividade de tecnologias que rumam para o conceito completo de smart home já em estágios avançados no exterior, conforme expôs, hoje (05), Thiago Florence, gerente de pós-vendas da Nice Brasil, ao participar da 360ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.br.
Desde 2011 no Brasil, tendo como impulsionadora a aquisição da Piccinin, o grupo italiano Nice cresceu com a característica de uma organização em constante mudança, destacou o executivo em sua fala inicial, acrescentando que, à exceção dos desafios no novo modelo de trabalho imposto pela pandemia, a crise encontrou a empresa preparada para atender às novas necessidades dos consumidores. Nesse sentido, um dos principais valores do grupo é “criar um mundo sem barreiras”, que se resume em permitir o trânsito de um ambiente a outro com segurança física e sanitária. Com nove anos de empresa, Thiago pôde acompanhar todas as transformações pelas quais o grupo passou nos mais de 100 países onde está presente. Para ele, na transição atual, a mudança de comportamentos dos consumidores se expressam mais na exigência de pronto atendimento e entregas. O que demanda grande esforço de adaptação das áreas de supply chain e de relacionamento.
No mercado brasileiro, a organização atua em três segmentos, com quatro marcas distintas, Nice, Peccninin, Genno e Lienar, com controle de acessos, alarmes e cercas eletrificadas e automatizadores. De acordo com o gerente, tudo funciona, em conjunto, para uma solução completa, promovendo automação, segurança residencial e smart home – este último conceito mais desenvolvido no exterior. Ao ser perguntado sobre a magnitude de crescimento em uma organização relativamente jovem, ele explicou que isso se dá pela estratégia de investimento em aquisição de empresas dentro dos seus propósitos de atuação. “Já são cerca de 20 empresas que carregam a bandeira do grupo no mundo e, somente no Brasil, até agora, foram adquiridas quatro marcas que ajudaram a ampliar nosso portfólio de produtos e soluções.” Tudo isso proporcionou uma expansão que reúne mais de 2.700 colaboradores pelo mundo, sendo 300 deles no Brasil.
Já sobre a eventual presença da cultura do design italiano nos produtos, Thiago assegurou que a empresa é muito criteriosa nesse sentido. “Todo o design é pensado para agradar tanto o sentido da visão quanto o do tato. As aquisições de marcas que fizemos sempre levaram em conta a conectividade dos equipamentos. O objetivo é chegarmos à conexão entre os vários componentes rumo à inteligência dos ambientes e espaços, além do forte apelo estético.” Segundo o executivo, essa integração de tecnologias, que percorre do portão da residência ou da indústria até todo o ambiente interno, já está bem adiantada no exterior e, aos poucos, o grupo vai trazendo todas as soluções ao país. Para isso, está em final de construção a fábrica-modelo, em Limeira, no interior paulista, que será a nova sede da subsidiária brasileira, mantendo a planta de eletrônicos em Santa Rita do Sapucaí (MG).
Nessa direção, ele ressaltou ainda a importância da evolução de todo um conceito de touchless nos equipamentos, dentro dos cuidados surgidos na transição atual. E citou como exemplo a antena que permite entrada do veículo no edifício ou na casa sem que o motorista toque em nada, as portas deslizantes e “pivotantes”, que abrem por aproximação e a leitura facial para controle de acesso. Tendo em mira a chegada ao consumidor com essas evoluções, o executivo foi indagado se a estratégia adotada de ampliar as verticais do grupo por meio da aquisição de marcas distintas não criam dificuldades para adaptação da cultura organizacional e a comunicação local. Confirmando o desafio, Thiago salientou, no entanto, que tudo isso é facilitado pela cadeia de vendas bem integrada. No Brasil, depois de sair da fábrica, os produtos passam pelos parceiros/distribuidores, que se encarregam de se comunicar com o público-alvo, vindo a seguir os instaladores que têm de entender a demanda do consumidor final. ”A cultura da Nice respeita cada agente da cadeia, entendendo a peculiaridade de cada uma das marcas adquiridas, acolhendo, suprindo de serviços e de muita informação.”
O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 359 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A série de entrevistas terá sequência amanhã (06), com a presença de Flávia Di Célio, gerente de marketing da Newell Brands; na quinta, será a vez de Bruno Portnoi, CMO da Certisign; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá a aposta nos microinfluenciadores para engajamento, com a participação de Alexandra Avelar, country-manager da Emplifi Brasil, Rafa Lotto, head de planejamento e sócia do Youpix e Thamirys Marques, gerente de operações da Digital Favela.