O isolamento social transformou as residências no principal foco de atenção das pessoas, o que foi muito bom, no final das contas, para o segmento de tintas. Porque, de repente, as pessoas percebem o quanto a cor pode favorecer um ambiente. Isso é o que registra a marca Suvinil, que praticamente reinventou seu negócio ao apresentar inovações digitais, educando três tipos de público para o universo on-line: revendedores, pintores e consumidores finais. Mostrando vários lançamentos e esmiuçando a transformação digital da empresa em um segmento muito diferenciado, esse quadro foi apresentado, hoje (02), por Renato Rocha, diretor de vendas da Suvinil, durante a 172ª live da série de entrevistasdos portais ClienteSA e Callcenter.inf.br.
Com 21 anos de atuação na marca do grupo BASF e respondendo atualmente pela área comercial na América do Sul, o executivo iniciou relatando que sua rotina de viagens era intensa, mas desde março o dia a dia mudou radicalmente, com muitos desafios de um lado e muito aprendizado e oportunidades de outro. Um dos aspectos favoráveis aos negócios da empresa foi a constatação de a casa ter se tornado o centro das atenções de todos. “Dentro dessa nova vivência, investimentos que estariam previstos para outras necessidades passaram a ser priorizados para as residências. E uma das coisas que as pessoas foram percebendo é o poder transformador da tinta. O que, obviamente, foi-se transformando em mais oportunidades para o nosso segmento.”
Saber aproveitar esse lado da crise foi o trunfo da organização. “Sempre tivemos muita dificuldade para deslanchar um movimento digital de comercialização por causa da cultura de olho no olho que sempre houve entre nossos consumidores.” Então, explicou Rocha, de março a julho a empresa construiu alguns caminhos de conexão com os clientes de forma bem estratégica. Um deles foi o “Café on-line Suvinil”, que, no espaço de sete meses proporcionou mais de 700 encontros entre membros da alta direção da organização com clientes. E a realização de várias webinares compartilhando informações. “Nossa maior preocupação no começo da pandemia era proporcionar dados seguros e relevantes. Para isso, contratamos até consultorias internacionais que atuavam nessa direção, combatendo o alarmismo e ajudando na retomada. Com isso, ampliamos a conexão com os nossos consumidores, mesmo que distanciados socialmente. Empatia, serenidade e coragem foram os pilares que sustentaram nossa estratégia.”
Um dos aspectos que contribuiu muito para o enfrentamento da crise, também, destacou o executivo, foi o fato de o processo de digitalização da Suvinil ter-se iniciado já em 2016, desenvolvendo a ideia de marketplace de tintas. “Mas caminhávamos a passos muito lentos, porque são muitas empresas envolvidas para o bom funcionamento da plataforma. Mas, depois de um salto com o reposicionamento da marca nessa direção em 2018, neste ano fizemos em um mês o que levaria quatro ou cinco anos.” Na concepção dele, o marketplace possibilita uma redução de atritos na jornada do consumidor e tem viabilizado atingir a meta de ampliação da utilização das tintas com o mínimo de fricção possível no relacionamento com a organização.
“Uma das formas que encontramos, nesse processo, de favorecer nossos parceiros revendedores foi fazer chegar a eles os números de Whatsapp dos milhares de consumidores conectados com nosso site. O conceito de digitalização nos permitiu um crescimento exponencial nas mídias sociais. Só no Instagram temos mais de 430 mil seguidores, estando entre uma das maiores páginas do mundo no segmento.” Tudo isso, complementou o diretor, com dicas significativas apoiando também os pintores profissionais. Foi criado, por exemplo, o programa “Pintar o bem” e oferecidos recursos financeiros para 1.500 desses trabalhadores.
“Desde o começo sabíamos que a digitalização e o marketplace seriam bem-sucedidos”, ressaltou Rocha, “embora houvesse, obviamente, a falta de hábito dos públicos atendidos pela Suvinil em consumir dessa forma. Mas foi um caminho que conseguimos pavimentar nos últimos nove meses.” Nessa linha, indagado sobre os esforços no sentido de educar os clientes para o universo digital, ele destacou que houve necessidade capacitar e orientar os três tipos de públicos consumidores: “os parceiros revendedores, que descobrem ter agora um estabelecimento aberto 24 horas por dia na internet. E também elevando o nível de informações por meio da nossa plataforma de inovação chamada ´Onono´; em segundo, nossos consumidores, mostrando o quanto é viável uma jornada de sucesso comprando on-line. E, também, dentro de um foco permanente da Suvinil que é profissionalizar os pintores, mas inserindo-os no ambiente digital inclusive para ampliar suas conexões”.
No encerramento do bate-papo, o executivo contou que nessas etapas todas de seguir vencendo barreiras durante a crise sanitária, com inovações, foi lançada também a plataforma digital “Suvinil na sua casa”. Por meio dessa base criada, foram feitos até lançamentos de vários produtos via internet. Entre essas novidades, ele mencionou o inédito avanço para a pintura de pisos e o estudo de cores, levando ao consumidor detalhes que são frutos de pesquisas internacionais e conhecimentos de grandes especialistas. “Este é o momento para indústria e varejo estarem juntos levando essa percepção sobre uma jornada de sucesso na experiência digital dos consumidores”, finalizou.
O vídeo com a entrevista na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube. Aproveite para também se inscrever e ficar por dentro das próximas lives. Amanhã (02), a série de entrevistas, prosseguirá na conversa com Rafael Caetano, diretor de marketing e canais da Icatu, ; na quinta, Marcel Bianchi, head de parcerias da ClickBus; e, encerrando a semana, o “Sextou?” debaterá o peso da inovação nos resultados dentro da experiência do cliente, com a presença de Roberta Isfer, diretora de inovação da Visa América Latina e Caribe. Melissa Kfouri, líder da Estação Algar Telecom e Guilherme Sawaya, diretor de transformação digital da Cyrela.