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André Cilurzo

LGPD: muito ainda o que se fazer

Completando um ano de análise e acompanhamento sobre a adequação das empresas à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), uma nova pesquisa realizada pela ICTS Protiviti mostra que houve crescimento nas ações das empresas se comparado ao cenário de 2019, mas ainda há muito o que se fazer para que os processos das organizações estejam preparados para os requisitos da nova Lei.

O levantamento atual, que contou com a participação de 296 empresas, mostra que mesmo após a sanção da LGPD, 82% das empresas ainda se mantêm atrasadas com as ações de adequação. Quando comparamos períodos, entre outubro de 2019 e março desse ano, apenas 16% das empresas estavam maduras para lidar com os requisitos da Lei, enquanto nos últimos seis meses, entre abril e setembro, esse indicador subiu para 24%. Ou seja, houve um aumento de 50% na quantidade de empresas que estão melhor preparadas para a LGPD.

“Em meio à pandemia, houve uma redução no engajamento das empresas, fruto das preocupações que circulavam o momento, como a criação de ações para a sustentação dos negócios. Somado às indefinições da vigência da Lei, tivemos uma redução de 89% no interesse das organizações avaliarem seus processos para a adoção de medidas exigidas pela Lei. Agora, em vigor e com empresas sendo autuadas a partir de outros órgãos, que não a ANDP (Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais), que passará a multar apenas em agosto de 2021, as empresas começaram a correr com seus processos”, comenta André Cilurzo, especialista em LGPD e diretor associado da ICTS Protiviti.

Essa afirmação pode ser comprovada quando analisamos o crescimento neste ano das medidas de adequação. Enquanto em 2019 apenas 34,9% das empresas possuíam políticas e normativos, em 2020 este número saltou para 45,2%. Outro percentual que reflete o avanço no preparo das empresas neste ano é o mapeamento dos dados pessoais sensíveis, que pulou de 23,3% no ano passado para 35,5% neste ano. Outro dado que chama a atenção no comparativo é a estrutura de proteção de dados, que sai de 17,1% para 32,3%.

Confrontando-se o nível de adequação das grandes empresas, que representam 22,1% das organizações pesquisadas, versus as micro e pequenas empresas, que somam 45,1%, nota-se que as grandes empresas estão em média 50,2% mais preparadas do que as micro e pequenas. Esta diferença reflete não apenas na maior capacidade de alocação de recursos para adequação, mas também a compreensão das grandes empresas de que estarão no foco das ações de fiscalização em 2021.

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