Mais experiência, menos posse

Cada vez mais é comum encontrar no mercado clientes com maior grau de consciência sobre o social, meio ambiente e outros assuntos. Tanto que muito já se debate sobre essa nova forma de consumo, pois, hoje, o público vem priorizando muito mais as experiências obtidas com as empresas no seu relacionamento, do que o consumo por si só. Nessa fase em que já se tem ou consegue-se ter de tudo e o mercado quase não tem inovação de produtos, o ter realmente não é mais tão essencial assim. Por esse e outros motivos que a economia compartilhada vem sendo bastante difundida pelas pessoas. 
Além disso, essa economia ainda tem a vantagem do gasto menor, o que atrai uma gama grande de novos consumidores. Bem como de interessados em trabalhar com os serviços, já que o lucro pode ser positivo. Sendo assim, “de certa forma, podemos dizer sim que é uma nova forma de consumo”, comenta Rafael Ribeiro, gerente executivo da ABStartup. “A economia tradicional é baseada na produção, compra e venda. Já na compartilhada, é possível ‘vender’ seu produto ou serviço várias vezes. Diminuindo a margem de lucro e tornando o ciclo mais sustentável e econômico.”
Por meio de serviços de compartilhamento, partilha, sustentabilidade, comodidade e com maior uso de tecnologia, os negócios que fazem parte desse segmento entregam uma experiência nova aos consumidores, com qualidades muitas vezes superior e com preços melhores – grandes fatores para engajamento de clientes. “A economia compartilhada aumenta a competitividade das empresas”, explica o executivo, que acredita que ela já está ditando uma nova forma de consumo e como o mercado pode vir a se comportar para o futuro. 
Mas qual é o público que geralmente se sente atraído por esse nicho? De acordo com ele, são clientes mais jovens, atentos às tecnologias e que se interessam por inovação. “Além disso, são pessoas dispostas a descobrir novas experiências e que valorizam a sustentabilidade e o compartilhamento”, continua. E os negócios acabam possuindo, geralmente, o mesmo perfil. Comumente oferecidos por startups, serviços que pertencem a essa economia têm o foco de resolver um problema real de um grupo de pessoas. “É importante identificar se o público está insatisfeito com o que já existe e se a economia compartilhada pode revolucionar o mercado pretendido”. 
Mais do que isso, Ribeiro lembra que é preciso ter em mente que a lógica da economia compartilhada prevê algo voltado ao consumidor final. “Portanto, é importante estar atento se é possível conquistar essa vantagem no preço”, diz. “A melhor forma de convencer o público é oferecer um produto que tenha um bom diferencial, compense financeiramente e resolva um problema real”.  Até porque o mercado como um todo ainda não está acostumado com empresas desse segmento e a dinâmica proposta por elas. Vide os problemas enfrentados pelo Uber e o Airbnb, por exemplo. “Se o serviço oferecido for bom e cumprir esses fatores, o consumidor certamente se convencerá a aderir à nova solução”, finaliza.

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