CEO e cofundador da Mecanizou descreve a trajetória de crescimento da startup que ajuda as oficinas mecânicas a oferecer melhor experiência aos clientes
Digitalizando a relação entre as oficinas e os fornecedores de peças automotivas, com algoritmos próprios que identificam todas as necessidades a partir da placa do carro, a Mecanizou vem facilitando a vida do mecânico e, por extensão, melhorando a experiência do dono do automóvel. Criada em 2021, a startup vem aprimorando os serviços da plataforma, a ponto de poder garantir a entrega de qualquer peça em até 55 minutos, com garantia e a preços competitivos. Detalhando a trajetória da empresa e a forma como vai aprimorando, com o uso de IA, o processo de compra no marketplace, Ian Faria, cofundador e CEO da Mecanizou, participou, hoje (04), da 1024ª. edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Ao iniciar contando como nasceu a ideia da Mecanizou, Ian fez questão de frisar, que se tratou mais de um processo de análise de mercado. Durante a pandemia, ele e seu sócio, André Filgueira Simões, foram analisando a economia real e o que, naquela crise, passou a ser considerado um serviço essencial até que chegaram no mecânico de automóveis. E, visitando várias oficinas mecânicas, descobriram um mundo de oportunidades, para um público que agrega valor à sociedade e sem saber como evoluir seus processos de gestão. “Nos habituamos a deixar o carro para conserto, depois ir buscar, sem nos ater às dores e dificuldades enfrentadas para aquele profissional para realizar o seu serviço. Durante três meses, visitamos 70 oficinas, percebemos um enorme receptividade do dono daquele pequeno negócio em compartilhar suas dores”.
Nessa trajetória, explicou o CEO, a primeira dificuldade manifestada por quase todos os visitados foi como conseguir mais clientes. Então, criaram a primeira versão da Mecanizou, plataforma que conseguia ampliar a carteira da oficina, mas, em contraposição, a experiência oferecida ao dono do carro era ruim. “Como as reclamações aconteciam na plataforma, fomos analisar o que acontecia e descobrimos que o problema não estava na demanda dos serviços. Afinal, existem 44 milhões de veículos linha leve no Brasil contra apenas 120 mil oficinas registradas. Então, descobrimos que o problema estava na construção de uma oportunidade de melhoria e rapidez dos serviços oferecidos, que envolvem diagnosticar o real defeito do veículo, cotar preços de peças e mão de obra, submeter à aprovação do cliente e, só então, realizar o reparo. Era preciso ajudar o mecânico a trabalhar com mais rapidez, eficácia e qualidade – e os clientes viriam”.
Então, depois de descrever as diferentes características e tamanhos de oficinas mecânicas, Faria pôde falar do que foi que ajudou a formatar a plataforma no que ela hoje e no seu processo de melhoria contínua – só este anos já foram feitas 130 atualizações: amar o problema, porque sempre se tem algo a aprender ali. “Na fase de testes, passamos a investir mais nos clientes que reclamavam da Mecanizou, tentando gerar valor para eles. Ouvindo muito esse tipo e cliente, passamos a segmentar todo as reclamações em blocos de soluções, priorizando, por importância, as resoluções. E, depois contou de que forma suas experiências anteriores na fundação da ClickBus, na mexicana iVoy e na Kavak o ajudaram a entender a importância do contexto para criação de um negócio bem-sucedido.
Ao explicar o modelo B2B em que opera a Mecanizou, ele descreveu dois perfis, sendo um a indústria – autopeças, a distribuidora, a concessionária, a montadora, etc – e outro a própria oficina. “Quem sai ganhando é o consumidor final, o dono do automóvel, recebendo um serviço melhor a preços competitivos, peças com garantia, transparência das informações, etc. Enfim, são duas jornadas que oferecemos ao mecânico para que isso aconteça: ele consegue fazer um orçamento em tempo real, porque os algoritmos próprios de nossa inteligência consegue identificar imediatamente qual peça funciona para cada carro – partir da placa do automóvel – fazendo, em seguida, conexão com nossos parceiros sobre preço e disponibilidade. E a outra é que Mecanizou hoje garante a entrega de uma peça em até 55 minutos”.
E houve tempo, ainda, para Farias responder a questões vindas da audiência como, por exemplo, sobre o uso de IA nos processos de precificação e catálogo de peças, mesmo expandindo o atendimento pela região metropolitana de São Paulo (SP), pôde falar do uso de canais pelos clientes, da experiência do cliente no pós-venda, entre muitos outros assuntos. O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1023 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (05), com a presença de Ivan Teodoro, Superintendente Executivo da Icatu Seguros, que abordará o tamanho da transformação pela centralidade do cliente; na quarta, será a vez de Claudio Martinelli, diretor-geral da Kaspersky para a América Latina; na quinta, Pedro Baron, superintendente de Logística da Cielo; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Black friday: Qual o valor da experiência?”, reunindo Viviane Sales, vice-presidente de Vendas da Loggi, Ricardo Marson, superintendente de produtos da Getnet Brasil e Paula Pinho, Diretora de Customer Experience no Grupo OLX.