Tecnologia visa aprimorar usabilidade da plataforma, com inclusão de colaboradores e de usuários com deficiência em seus aplicativos e sites
O Mercado Livre anunciou a ampliação de investimentos em acessibilidade digital, visando maior grau de usabilidade com fluidez em suas plataformas. “Este trabalho, que coloca as áreas de tecnologia da companhia a serviço da inclusão, tem como objetivo reduzir os atritos de usuários com deficiência nos aplicativos e sites do seu ecossistema. Com uma equipe dedicada e que tem a participação de colaboradores com deficiência, temos avançado na identificação de oportunidades de forma colaborativa com seus milhões de usuários no Brasil e América Latina”, assegurou Angela Faria, head de Diversidade & Inclusão do Mercado Livre para a América Latina.
De acordo com a executiva, além das equipes espalhadas por diferentes países, e que também atuam em diversas áreas técnicas do negócio, a empresa conta com o apoio de parceiros estratégicos e consultores especialistas, a exemplo da Fundação Dorina Nowill, organização que se dedica à inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, e do Instituto Diversitas, negócio social que trabalha pautado em inteligência inclusiva e ciências da inclusão no Brasil.
“Nossos parceiros são fundamentais, nos orientam e nos auxiliam na identificação de oportunidades de melhorias em nossas plataformas, que já contam com diversas tecnologias assistivas, como teclados e dispositivos, leitores de tela e intérpretes digitais. Este é um movimento que se soma ao trabalho desta equipe liderada por profissionais especialistas e que foi criada para sistematizar os processos, fortalecer e acelerar as ações que já aconteciam sobretudo para novos serviços. Antes desse trabalho, essas ações eram conduzidas exclusivamente pelas áreas de desenvolvimento de produto”, explicou Angela.
Identificando oportunidades
A head informou que, além de treinamentos e guias internos, que permitem que todas as pessoas envolvidas no design dos aplicativos e sites trabalhem com a perspectiva de acessibilidade desde o início, “o Mercado Livre realiza pesquisas para identificar oportunidades de melhoria, permitindo ainda consolidar o suporte a ferramentas assistivas. Essas tecnologias são testadas constantemente, a exemplo de teclados e dispositivos para colaboradores que não usam mouse nem touch screen, onde os especialistas e parceiros têm papel fundamental”.
Dentre as demais funcionalidades já aplicadas pela companhia, também com foco nos usuários, estão leitores de tela, que são softwares que leem e explicam o que está na tela e permitem o uso de sistemas operacionais e aplicativos por meio de combinações de teclas alfanuméricas e comandos digitados. Dentre eles estão o NVDA e Narrator para Windows, o chamado VoiceOver, para computadores do modelo Mac, e VoiceOver, no uso de iPhone. Para sistemas Android, há ainda o TalkBack.
Além disso, o Mercado Livre adota intérpretes digitais, ou seja, ferramentas que leem e interpretam textos digitais para pessoas surdas, como a VLibras, que oferece opções de instalação grátis para navegadores, computadores, celulares e tablets. Essa tecnologia é um conjunto de ferramentas para copiar e interpretar textos do português para a Língua Brasileira de Sinais. Nos últimos meses, a participação das equipes em fóruns e eventos, que tratam do tema de acessibilidade, intensificou a troca de experiências com outras empresas, organizações e pessoas interessadas nesta agenda.
“A partir de uma estratégia colaborativa para aprimorar a acessibilidade digital, ampliando a compreensão das necessidades de diferentes usuários, o Mercado Livre incluiu nesse grupo de trabalho colaboradores com deficiência, muitos deles especialistas das suas áreas de tecnologia. Como resultado desses esforços, o Mercado Livre foi reconhecido pelo ‘Ranking Yaman de Acessibilidade 2022’, na categoria E-commerce, por meio do qual a consultoria elegeu as 30 melhores empresas globais e brasileiras com design e desenvolvimento acessível”, concluiu a executiva.