Uma pesquisa realizada pela Ticket sobre a adaptação ao modelo remoto de trabalho, revelou que 78% dos entrevistados não mantiveram o home office de maneira integral durante os 12 primeiros meses da pandemia. Desse total, 49,8% disseram que estiveram na empresa semanalmente, enquanto 26,4% compareceram ao local de trabalho apenas para situações pontuais e 2,3% foram poucas vezes ao endereço corporativo, em um ano. Apenas 21,5% dos respondentes revelaram estar em home office desde o início da pandemia.
Referente à adequação ao modelo de trabalho remoto, 49% afirmam que se sentem adaptados. Em uma pesquisa realizada pela Ticket em abril de 2020, apenas 27% das pessoas se diziam totalmente adaptadas ao home office. O novo levantamento também revelou que 27,7% ainda estão se ajustando ao modelo e 23,3% ainda não conseguiram se adaptar.
Sobre a decisão das empresas de manter o home office, 49,1% disseram que nas companhias em que trabalham, o trabalho remoto será mantido por tempo indeterminado. Esse número era de 53% no levantamento de um ano atrás. A pesquisa também mostrou que em 28,9% das empresas o modelo tem sido revisto periodicamente e que em 14,2% a opção pelo teletrabalho será mantida até que a ampla vacinação tenha sido garantida. Apenas 7,8% das companhias já definiram o home office como um modelo de trabalho permanentemente.
Já quando o tema é a extensão do modelo remoto aos diferentes setores da empresa, 45,1% dos entrevistados disseram que as companhias em que atuam instituíram o home office em toda a organização, enquanto em 14,4% a política funciona apenas para colaboradores do grupo de risco (pessoas com mais de 50 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas etc.). Em contrapartida, 12,7% das empresas aplicaram o teletrabalho apenas para colaboradores diretos. Em 9,6% delas, apenas quem tem sintomas é orientado a permanecer em home office. Já 18% das companhias não adotaram o home office.
“A pesquisa revelou que, apesar da melhor adaptação por parte das empresas e empregados após um ano de pandemia, o home office total ainda é privilégio de uma pequena parcela dos trabalhadores brasileiros. As companhias têm se desdobrado para permitir o modelo de trabalho remoto ao maior número possível de pessoas, mas a depender da função que elas exercem, a ida constante ou esporádica ao local de trabalho ainda é necessária”, avalia José Ricardo Amaro, diretor de Recursos Humanos da Ticket. “Também precisamos olhar para a retomada de maneira muito cuidadosa, porque muitas pessoas estão sentindo falta de suas rotinas nos escritórios, o que faz com que o sistema híbrido tenha grande importância.”