A Serasa Experian anunciou seu novo estudo de segmentação já realizado no Brasil sobre a população brasileira acima de 18 anos. O levantamento é um retrato acurado dos perfis que compõe a população do país e tem como objetivo ajudar empresas, agências e profissionais de marketing, estudiosos e gestores de políticas públicas a traçar estratégias e desenvolver serviços e produtos para os diversos grupos que compõe a população brasileira.
O novo Mosaic Brasil é baseado em dados socioeconômicos, demográficos, geográficos, comportamentais, de consumo e estilo de vida. “O novo Mosaic prova que a sociedade não está genericamente dividida apenas em classes A, B, C ou D”, explica o presidente da Serasa Experian, José Luiz Rossi. “Essa segmentação é mais complexa e composta de 11 grupos e 40 segmentos considerando uma análise minuciosa de mais de 400 variáveis”. Segundo ele, tentar compreender uma sociedade tão complexa – na verdade, várias sociedades dentro de vários cenários – demanda um esforço que vai muito além da análise individual e pontual dos dados de renda, condições geográficas, comportamento, cultura, possibilidades locais, política e demais contextos que envolvem cada grupo de brasileiros. “Um primeiro passo é exatamente ter consciência da necessidade de considerar todas essas variáveis. E é isso que o Mosaic proporciona: um quadro-geral, um quebra-cabeça completo, um mosaico. A obra de arte que é o povo brasileiro.”
Segundo a superintendente Juliana Azuma, “os perfis revelados pelo novo Mosaic Brasil permitem que as instituições agreguem essas informações aos seus dados internos para que obtenha uma visão segmentada desses consumidores e possam entender de que forma devem endereçar suas ações, produtos e serviços, criando soluções para os diferentes nichos. A solução possibilita empreender novas frentes de consumo e abordar com mais precisão esses mercados, gerando melhores oportunidades para o consumidor e movimentando a economia.”
Veja, a seguir, as conclusões da pesquisa:
– Jovens Adultos da Periferia: são formadores de opinião no grupo comunitário. O grupo congrega os segmentos de moradores adultos de até 35 anos das periferias brasileiras, um dos protagonistas da ascensão da nova classe média brasileira. Este grupo é o que detém o maior percentual entre os 11 determinantes na população. Reúne 16,8% dos cidadãos. “Ao contrário dos jovens de elite, eles contribuem efetivamente, através de suas rendas modestas, com a manutenção do lar e são formadores de opinião significativos no interior do grupo comunitário, pois tiveram mais acesso à educação que os mais velhos, e introduzem novos hábitos de consumo nesses espaços, como o consumo online, uma vez que tendem a ser mais conectados”, diz Juliana. Este grupo responde por 20% de todo o crédito concedido do país.
– Envelhecendo no século XXI: idosos com hábitos alterados; investem em lazer. Eles
concentram 9,06% das pessoas. “O Brasil registra um processo de envelhecimento de sua população. A expectativa de vida aumentou tanto para homens quanto para mulheres e hoje temos uma população idosa significativa e com hábitos alterados em relação aos antigos idosos”, explica a superintendente. “A melhora das condições gerais da população acima dos 65 anos, que incluem mais recursos médicos, além de propiciarem longevidade, fazem com que essas pessoas envelheçam mais ativas, com condições de aproveitar melhor essa fase, investindo em lazer e em demais itens que promovam a qualidade de vida. E não apenas em cuidados da saúde.”
– Massa trabalhadora urbana: esse é o grupo que envolve as comunidades. “Atualmente as comunidades têm grande representatividade na sociedade brasileira e não são apenas territórios marcados pela tentativa de combate à violência, mas lugares onde vivem pessoas que buscam ascender socialmente, conquistando renda superior.” Para Azuma, as comunidades e seus moradores merecem um olhar mais atento do mercado. “As empresas, de maneira geral, já começam a investir nessas áreas.”
– Donos de negócios: empreendedores. Além do segmento dos empresários estabelecidos apresenta com mais detalhes um grupo cada vez maior e mais importante na sociedade brasileira: os jovens empreendedores e o pequeno e microempresário.
– Mudanças na sociedade brasileira: o Brasil passou por profundas mudanças nos últimos anos. Do ponto de vista econômico, controlou a inflação, viveu um período de crescimento e longa estabilidade política e econômica. Do ponto de vista demográfico, destaca-se a progressiva diminuição do crescimento vegetativo e consequentemente o envelhecimento da população. No entanto, uma das maiores modificações ocorreu em termos de diminuição da pobreza e da desigualdade social, com o surgimento daquela que vem convencionalmente sendo chamada de Nova Classe Média.
Nesse contexto, uma grande parte da população saiu da pobreza e passou a integrar plenamente o universo do consumo, tornando-se atores importantes do mercado consumidor interno, trazendo consigo novos hábitos e demandas.