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Lorhan Caproni, CEO da BotCity

O crescimento da automação inteligente na América Latina 

Levantamento identificou o protagonismo do RPA nas estratégias das empresas e a consequente demanda por desenvolvedores, além do impacto do uso da inteligência artificial para diferentes segmentos

O principal objetivo de metade das iniciativas envolvendo a tecnologia é liberar as pessoas para atividades mais estratégicas e 26% delas para obter mais produtividade. Além disso, também buscam melhorar a experiência dos clientes, evitar erros críticos e fraudes, e ganhar eficiência de escala. As informações fazem parte da 1ª Pesquisa sobre Robotic Process Automation (RPA) na América Latina, realizada em parceria entre a EY e a BotCity, constando também que apenas 16% das organizações mencionaram diretamente a redução de custos e mais de 40% das iniciativas de automação existem há mais de 3 anos, o que mostra ganho de maturidade.

Realizado com líderes e decisores de mais de 200 grandes e médias empresas de diversos setores em países como Brasil, Colômbia, Chile, Peru e Argentina, o mapeamento avaliou como a automação inteligente está presente nas estratégias das organizações, identificando a maturidade das iniciativas, os principais desafios e o impacto para o negócio. De acordo com os dados, 66% das empresas pretendem aumentar o investimento em RPA – tecnologia que permite a criação de robôs de software que automatizam processos repetitivos – para ganhar escala. Os setores de logística, varejo, e-commerce e indústrias são os que apresentam estágio mais avançado na estratégia e operação da tecnologia, com demandas por automações concentradas nas áreas Financeira/Contabilidade (37%) e Operações (41%).

Automação se expande

“Segundo o Gartner, o mercado de software para hiperautomação está estimado em US$ 596 bilhões. A ferramenta está em evidência, pois o uso combinado de RPA e Inteligência Artificial possibilita a utilização de soluções como ChatGPT e GitHub Copilot, tornando possível automatizar processos mais complexos que envolvam interações humanas ou grandes volumes de dados. Com isso, o RPA ganhou protagonismo nas empresas em um novo cenário econômico e mais de 90% das empresas consultadas na pesquisa tiveram um crescimento significativo (acima de 25%) na quantidade de automações em produção neste ano”, explicou Lorhan Caproni, CEO da BotCity. 

Segundo ele, “em um cenário onde as empresas estão buscando eficiência de caixa e escala de operações, a automação RPA na América Latina ganhou protagonismo, abrindo caminho para uma nova geração de tecnologias, que hoje permitem construir automações em nível código com governança e controle, respondendo a uma demanda empresarial de automatizar operações cada vez mais complexas e que envolvem cada vez mais sistemas, tornando possível escalar operações com menor investimento e aumentar a eficiência operacional”. 

Carência de capacitação

A complexidade dos projetos em RPA demanda desenvolvedores. A falta de capacitação foi apontada como a maior frustração relacionada ao RPA pelas empresas consultadas e a maturidade técnica do time foi sinalizada como a maior barreira para o avanço das iniciativas de RPA. Mais de 77% das empresas avaliadas possuem mais da metade do seu time com skills de programação, e 79% relataram a adoção da linguagem Python para desenvolvimento de automações como estratégia para garantir produtividade, melhor performance e menor lock-in em relação às tecnologias proprietárias.

“A pesquisa mostra que a linguagem mais utilizada em RPA é o Python (79%). Esse resultado reflete, em grande parte, a busca das empresas de soluções de código puro para endereçar a nova complexidade requerida devido ao ganho de prioridade estratégica do RPA e a necessidade de soluções mais escaláveis, performáticas e seguras. Com mais de 14 milhões de desenvolvedores Python no mundo, milhares de comunidades, assets de conteúdos e inúmeros aceleradores estão disponíveis. Outros motivadores dessa mudança para Python residem em questões de redução de custos de licenças de RPA com modelos de pagamento por uso, a diminuição do vendor lock-in (tecnologia aberta, códigos disponíveis), a facilitação do reuso e customização, além da incorporação das melhores práticas de engenharia de software”, comentou Maurício Castro, sócio da área de tecnologia financeira da EY.

A maioria (72%) das empresas respondentes têm mais de uma dezena de automações, o que torna mais complexo o gerenciamento e a governança da iniciativa de automação inteligente. Conforme os projetos vão ganhando complexidade, aumenta a necessidade de programação, concentrando os esforços em TI  e CoEs (Centros de Excelência Operacional). 

Iniciativas de automação 

A pesquisa ainda levantou as três prioridades para o ano em iniciativas de automação: melhorar performance e escalabilidade; criar automações para mais áreas de negócio; e melhorar a governança das automações. Já entre as três maiores barreiras para o avanço das iniciativas de RPA estão maturidade técnica do time; falta de tempo para dedicar aos projetos; e falta de alinhamento e definição de responsabilidades entre áreas. Enquanto entre as três maiores frustrações relacionadas a RPA foram citadas falta de capacitação; apoio institucional; e limitação técnica das ferramentas.

A pesquisa também trouxe as oito principais tendências para 2023 em automação: aumenta a prioridade do RPA nas estratégias das empresas; RPA ganha escala e complexidade; RPA como projeto de software e responsabilidade de TI; hiperautomação, Python RPA e tecnologias abertas; Shadow IT, Orquestração e Governança de RPA; Computação Elástica e Robot-as-a-Service (RaaS); arquitetura multi-plataforma; e RPA e AI next-gen: visão computacional e ChatGPT.

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