A interatividade é o cerne do ChatGPT-4.O, tornando-o uma ferramenta disruptiva e funcional para ambientes de trabalho
Autor: João Vitor
A OpenAI introduziu recentemente o revolucionário modelo ChatGPT, o GPT-4.0, cujas funcionalidades abrem horizontes ilimitados. Este novo modelo, conhecido como “Omni”, representa uma mudança significativa no mundo da inteligência artificial. Em vez de simplesmente aceitar diversos tipos de inputs, o GPT-4.O é capaz de interagir em tempo real com qualquer forma de input, redefinindo assim a experiência de interação. O input é a maneira com a qual a IA compila os dados inseridos, ou seja, o ‘treinamento’ com base nas informações e dados recebidos e, a partir deles, desenvolve o comando estabelecido.
Essa inovação transforma fundamentalmente a maneira como os modelos de IA operam e amplia o leque de possibilidades de interação. Agora, é viável compartilhar a tela com a Inteligência Artificial, permitindo diálogos mais fluidos e interativos sobre os elementos apresentados na tela no momento, sem necessidade de enviar imagens ou vídeos. Essa capacidade de gerar múltiplos inputs e outputs simultaneamente proporciona à IA a oportunidade de atuar como um assistente em tarefas anteriormente complexas.
A nova versão do ChatGPT é ainda mais integrada do que a anterior, permitindo até mesmo a simulação de emoções. Inspirada na personagem Samantha do filme “Her”, essa versão personalizada do ChatGPT introduz uma dimensão emocional à interação. A IA pode rir, contar piadas e até demonstrar desconforto em determinadas situações.
Além das melhorias de desempenho tradicionais, o GPT-4.O se destaca por sua inteligência aprimorada, respondendo cerca de 20% mais rapidamente que o GPT-4.0, por metade do custo. Essa abordagem altamente integrada e dinâmica redefine a experiência de trabalho com a IA, facilitando sua aceitação pelo público devido à sua naturalidade.
Essas inovações não apenas transformam a forma de trabalhar, mas também abrem diversas possibilidades. Recentemente, a OpenAI demonstrou a capacidade da IA de identificar as emoções dos usuários por meio de expressões faciais captadas pela câmera, bem como analisar o tom de voz e outros sinais físicos de emoção. Essas novidades tornam a interação com a IA muito mais natural e dinâmica, comparativamente ao estado atual.
Essa evolução liderada pela OpenAI começa a dominar o cenário, afetando outras iniciativas no campo de IA. Plataformas como Humane AI e Rabbit, que desenvolviam assistentes com capacidades especializadas, agora veem uma integração mais estreita da IA, como já observado no iPhone, sem a necessidade de novos aplicativos. Rumores indicam possíveis parcerias estratégicas, como a Apple considerando a OpenAI como sua ferramenta de IA, semelhante à relação entre a Samsung e o Google. O Google, por sua vez, respondeu com o Gemini, uma atualização em resposta ao Chat GPT-4.O. Essas movimentações refletem o crescente interesse do mercado na dinâmica das IA’s e destacam como a integração impactará o dia a dia dos usuários.
Em última análise, a interatividade é o cerne do ChatGPT-4.O, tornando-o uma ferramenta disruptiva e funcional para ambientes de trabalho, expandindo o papel das IA’s para integrá-las cada vez mais na rotina, num caminho que parece irreversível. Além dos benefícios de redução de custos e velocidade de resposta, a verdadeira inovação reside na forma mais natural e fluida de interação que essa tecnologia proporciona, antecipando ainda mais atualizações empolgantes no futuro.
João Vitor é COO (Chief Operations Officer), CPTO (Chief Product & Technology Officer) e sócio do G4 Educação.
