Segundo o estudo da Robert Half, 97% dos profissionais afirmam levar os auxílios corporativos em consideração para aceitar, ou não, uma proposta de emprego
Autor: Alexandre Borghoff
O novo decreto para o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), publicado em 2023, já está provocando mais competitividade no mercado de benefícios, que movimenta R$150 bilhões anualmente e, para ofertar diferenciais, as empresas buscam inovações tecnológicas. Uma das principais mudanças é a portabilidade de pagamentos do vale-refeição e vale-alimentação, prevista para o segundo semestre deste ano, em que o funcionário poderá escolher em qual cartão irá usar o seu benefício.
Durante muitos anos, o usuário ficava limitado a restaurantes e mercados específicos que aceitavam sua marca de benefício. Foi necessário uma “chacoalhada” da legislação para que os principais players que dominam esse mercado pudessem considerar a experiência do cliente. A evolução dos meios de pagamento proporcionou a ampliação dessa aceitação nas maquininhas dos estabelecimentos e nos aplicativos de delivery. Muitas empresas do setor estão apostando em soluções de pagamento digitais, em linha com os novos hábitos dos consumidores. Com a novidade é possível usar o cartão de benefícios em lojas físicas, pagando por aproximação e por QR Code, agilizando os pagamentos e reduzindo custos operacionais, aumentando a segurança com a tokenização dos cartões.
Atrelados às soluções digitais, muitas empresas estão personalizando seus benefícios ao integrarem soluções de saúde, atividade física, vale-transporte, turismo, vestuário, e outras opções, dentro de um só app. Essas novidades também mudam a realidade da área de Recursos Humanos que, além de lidar com uma gestão de programas de benefícios automatizada, terá mais chances de reduzir a rotatividade dos colaboradores ao entender melhor quais tipos de benefícios são mais atraentes. Segundo o estudo da Robert Half, 97% dos profissionais empregados afirmam levar os auxílios corporativos em consideração para aceitar, ou não, uma proposta de emprego.
As empresas estão recorrendo a aplicativos e marketplaces próprios com ofertas exclusivas aos colaboradores, reduzindo o número de plástico. Um exemplo é o iFood, que oferece aos funcionários contato com vários parceiros por meio do aplicativo iFood Benefícios e Clube iFood, que oferece mensalmente cupons, ofertas exclusivas e frete grátis.
Para que tudo isso funcione de forma integrada, as soluções tecnológicas são indispensáveis. É preciso de uma plataforma de pagamentos que acompanhe essas inovações e ofereça soluções flexíveis, modulares e seguras, para ganho de escala tanto no mundo físico, quanto on-line. As oportunidades são inúmeras, levando mais flexibilidade e conveniência às empresas e aos usuários dos benefícios.
Alexandre Borghoff é diretor de negócios de soluções de emissões do Brasil na Fiserv.