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O perfil de consumo da Geração Y



Com comportamento, perfil de consumo e estrutura de gastos distintos da Geração X, os Y´s (Geração do Milênio) estão ingressando na cadeia de consumo e no mercado de trabalho com uma nova visão do mundo. É o que revela o estudo “Geração Y”, conduzido pela Bridge Research, empresa de pesquisa que tem foco na prestação de serviços de inteligência na área de tecnologia. O estudo foi baseado em entrevistas pessoais com uma amostra de 672 pessoas na Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Grande Porto Alegre, universo estimado em cerca de oito milhões de indivíduos, sendo 48% de homens e 52% de mulheres das classes A, B e C com idades entre 18 e 30 anos. Ele analisa itens como comportamento, visão do mundo, padrão e estrutura de gastos, e perfil de consumo.

 

Segundo Renato Trindade, presidente da Bridge Research, a Geração Y – nascidos entre 1978 e 1990 – possui uma nova forma de ver e atuar no mundo, além de novos valores e comportamentos desenvolvidos a partir da integração da tecnologia ao cotidiano, uma vez que cresceram jogando videogame e ouvindo música na Internet. “Características como valorização do jovem e da juventude, além de forte influência da cultura do hedonismo estão presentes nesses jovens, que são autores da maioria dos blogs e gestores de comunidades nas redes sociais”, afirma.

 

A pesquisa mostra que embora existam semelhanças comportamentais entre os integrantes da Geração Y, há diferenças que são determinadas pelo poder aquisitivo e o nível social. Essa diferenciação pode ser verificada nos locais de compra, frequência das viagens e de consumo, posse de itens de conforto e velocidade de acesso a novidades. O executivo detalha que a idade também é um divisor de águas. Os nascidos entre 1978 e 1980 apresentam mais responsabilidade, maior estrutura de gastos, valores da Geração Y menos cristalizados, dão maior valor à visão da família e aos estudos. Os que nasceram entre 1990 e 1995, estão mais atrelados aos valores da Geração Y, têm menor estrutura de gastos e maior envolvimento com tecnologia e inovação.

 

Renato Trindade afirma que os valores que permeiam a Geração Y como um todo são velocidade, liberdade, consumo, individualidade e tecnologia. “Esses valores se confundem com a própria pós-modernidade desses jovens, que são impulsivos, têm baixa reflexão e são incansáveis na busca por inovação”, afirma o executivo, acrescentando que se trata de uma geração repleta de oposições – valorizam a liberdade, mas buscam e testam limites; são liberais para o consumo e novidades, mas conservadores sociais; pensam em trabalho como meio de ganhar dinheiro, mas desconhecem planos de carreira; trabalho é remuneração, mas buscam o reconhecimento rápido; pensam no aqui e no agora, mas querem oportunidades futuras; amam a Internet e a tecnologia, mas não gostam da impessoalidade do atendimento eletrônico ou via e-mail.

 

No que diz respeito ao consumo, a máxima corrente é a que consumir é melhor do que ostentar marcas. “Talvez por estarem fortemente ligados ao consumo, os Y´s acabam por se relacionar de um modo menos ostensivo com as marcas em geral. Não fogem necessariamente de modismo, mas as marcas assumem uma função de qualificadoras do produto e não de quem os usa”, afirma Trindade, acrescentando que em roupas, o importante é vestir bem e ser de boa qualidade. Em eletroeletrônicos, o principal é ter uma boa experiência anterior com a marca, os celulares têm que ter alta tecnologia e serem bonitos, os televisores têm que ser de uma marca já conhecida. Nos carros, é mais importante uma boa relação entre custo e benefício; a marca, nesse caso, é mais importante e remete à qualidade.

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