As restrições impostas pela pandemia do Covid-19 funcionaram, como se poderia esperar, de alavanca para o aplicativo multimídia de conteúdo infantil da PlayKids, empresa do grupo Movile. O crescimento do negócio pode ser verificado pelo quadro de colaboradores, cujo número mais do que triplicou nos últimos 12 meses. Ao falar, hoje (01), na 297ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf, da dimensão da responsabilidade cívico-social que está embutida no produto dirigido a crianças na faixa dos 0 a 6 anos e suas famílias, Eduardo Lemos, general manager da empresa, descreveu como o desafio é vencido com muito conhecimento, pesquisa e visão de futuro.
Convidado a dirigir a PlayKids um ano atrás, em plena pandemia, o executivo, com experiência acumulada no segmento de educação, iniciou a live fornecendo um dado que permite ter uma ideia do crescimento do projeto nesses 12 meses, centrado no investimento em pessoas: o quadro de colaboradores da organização, que era formado de 16 profissionais, se ampliou no período para quase 60. O que define, também na sua análise, a magnitude dos desafios conceituais e estratégicos do app nessa transição.
“Temos que olhar o mercado constantemente, lembrando que nosso público é formado por crianças e seus pais, esperando de nossa parte um conteúdo de muita responsabilidade.”
“Trata-se de um processo complexo de atualização permanente. As crianças e suas famílias de 2013, quando a empresa foi fundada, não são mais as mesmas de hoje. E participar de forma ativa oferecendo algo positivo nessa mudança toda é motivo de orgulho para nosso time, agora e no futuro”, completou.
O propósito de vincular de forma permanentemente acentuada a PlayKids ao universo educacional responde, de acordo com Lemos, ao que ele chamou de “quatro perguntas disparadoras” que o fizeram aceitar o desafio. Em que nível os pais se preocupam hoje com a qualidade da tela diante da criança? Quanto tempo os pais dispõem atualmente para compartilhar de forma lúdica e eficaz junto de suas crianças? Quais são os pais que não se preocupam com o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional de seus filhos? “E, na sequência dessas questões, a empresa, então, se pergunta como entregar soluções para tudo isso de maneira divertida e responsável?” Citando educadores e pedagogos famosos, Eduardo manifestou a importância de que o ecossistema do app aponte para a formação do ser humano, com lembranças que permanecerão por toda a sua trajetória de vida.
Falando do processo de melhoria contínua no produto, o general manager detalhou um pouco dos times e suas atribuições, desde os que se debruçam sobre avanços tecnológicos para garantir a qualidade técnica do que é entregue, até os que exercem a função de curadoria sobre os conteúdos das histórias e jogos, sempre com alto grau de intencionalidade, ou seja, o porquê de cada conteúdo estar na plataforma. “Temos ainda nosso time de design, que trabalha incansavelmente na remodelagem de cada personagem dos desenhos para que a criança possa se reconhecer nele. Trata-se da relevância e permanência da conexão emocional. Sem me esquecer da equipe de produto, formada por maestros que regem toda a qualidade e dinâmica das entregas.”
Para atingir esses objetivos, o executivo ressaltou a importância das pesquisas realizadas para saber os motivos de as famílias seguirem ou não sendo fiéis na utilização do app da PlayKids. Por meio dos mapas de calor, por exemplo, a empresa consegue saber a relação dos conteúdos com o uso e se este, também acontece de forma comedida. As sondagens qualitativa e quantitativa, parte delas sendo feitas atualmente por meio virtual, colaboram para um conhecimento cada vez maior do cliente, seu nível de satisfação e seus anseios.
“Um trabalho muito relevante que é feito hoje pelo nosso time de atendimento é categorizar todos os feedbacks capturados em todos os canais de manifestação dos consumidores. Isso tem sido fundamental para direcionar a evolução permanente do produto.”
Indagado sobre uma pesquisa que aponta para um decréscimo no QI da população mundial nos últimos 20 anos, atribuído ao empobrecimento da linguagem em um mundo tecnológico, se isso está no rol de preocupações da empresa, Eduardo foi enfático em reforçar o grau de responsabilidade cívica e social da organização. “Na neurociência se fala muito das janelas de oportunidade para desenvolvimento cognitivo por meio da estimulação das sinapses. E a relação disso com a ‘fase esponja’ da criança nos primeiros anos de vida. E percebemos que há inúmeros fatores que podem conduzir ao prejuízo no processo de cognição do ser humano. E o app procura abarcar tudo isso, contendo, por exemplo, mais de mil livros interativos que se propõem a conduzir ao prazer e hábito da leitura. Estes completam o conteúdo do aplicativo que inclui também vídeos e jogos.” Para concretizar os propósitos, ele assegurou que a organização se cerca do conhecimento de especialistas da área de educação e pedagogia, além de consultorias externas também especializadas.
Nesse processo evolutivo do aplicativo, o executivo contou um pouco das parcerias que já se iniciaram no universo B2B. Pretendendo chegar também no segmento aéreo e outros, a PlayKids já embarca o app nos automóveis da Volkswagen, por exemplo. “Trata-se de algo inédito, um app infantil no interior de um veículo. E o objetivo é entreter a criança, de forma lúdica e produtiva para o seu desenvolvimento, revertendo o quadro na eventualidade de viagens que seriam enfadonhas.” E encerrou o bate-papo descrevendo inclusive um pouco do processo de internacionalização do projeto da PlayKids que se encontra em fase inicial.
O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 296 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A série de entrevistas retorna, amanhã (02), com o Sextou, que debaterá a questão do engajamento nas plataformas Tiktok, Reels e YouTube Shorts, com os convidados Mari Galindo, co-fundadora e estrategista de conteúdo da Nice House; Ale Lima, diretor regional da Genero na América Latina; e Rafael Arty, sócio e diretor comercial da Squid.