Depois de registrar resultados negativos em quase todos os meses, as pequenas empresas do varejo paulista fecharam 2005 com uma queda de 1,3% no faturamento real, segundo a Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV) da Fecomercio. O desempenho é inferior ao registrado pelo IBGE na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), onde, após subtraídos os efeitos da venda de combustíveis no Estado de São Paulo apurou-se crescimento de 2,8% para o mesmo período.
Ao analisar a PCPV, a Fecomercio verificou que o desempenho das pequenas empresas varejistas, na comparação com mesmo mês do ano anterior, apresentou variações negativas em quase todos os meses ao longo de 2005. O melhor resultado apurado foi em outubro que apresentou crescimento de 2,2%.
De acordo com a PCPV, o segmento de farmácias e perfumarias teve o pior desempenho do ano, com redução de 24,1% no faturamento real, seguido por autopeças e acessórios, com queda de 12,4%, dentre outros setores que registraram variações negativas. O melhor resultado foi obtido pelas lojas de vestuário, tecidos e calçados, que cresceram 3,7%.
O presidente da Fecomercio, Abram Szajman, afirma que, apesar do modesto crescimento das grandes empresas varejistas, as pequenas vão mal. “Essa concentração de negócios no varejo é motivo de preocupação para os pequenos empresários. Para evitar que eles sejam sufocados pelos grandes empresas, lutamos, por exemplo, para que o Congresso Nacional aprove a lei da justa concorrência, que prevê regras para a instalação de grandes estabelecimentos comerciais”, destaca.
Diversos fatores inibem o crescimento das pequenas empresas. Dentre eles, Szajman aponta a dificuldade para obter financiamentos, o baixo potencial para efetuar investimentos em tecnologia e a menor capacidade de distribuição bem como para negociar preços com os fornecedores. “Essas questões influenciam negativamente a competitividade das pequenas empresas”, completa.