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Primeira impressão é a que fica

Com o dinamismo do mercado hoje em dia, é cada vez mais desafiadora a ação de procurar chamar a atenção do cliente. A todo o minuto, são diversas novas empresas e diferenciais inovadores que surgem para disputar um espaço e um pouco do foco do consumidor. É por essa razão que as campanhas vêm se tornando uma ferramenta para a gestão de clientes ainda mais essencial do que antes. É por meio das ações de marketing que as empresas reinventam a forma como irão se apresentar. Uma estratégia que vem crescendo e permite que o negócio tenha uma aproximação com o público, além apenas de oferecer os produtos e serviços, é o marketing de conteúdo. Entretanto, não basta que a organização crie um material e divulgue, é preciso que ele tenha relação com o seu próprio perfil e com aquilo que o público-alvo procura saber. Ou, corre-se o risco de criar uma propaganda com resultados reversos. “A primeira impressão é a que fica. Se a marca, em contato com determinado consumidor não fizer o trabalho correto, ela fará uma ‘anti propaganda'”, explica Fábio Mattos, sócio da SOAP. Em entrevista à ClienteSA, o executivo contou mais sobre a estratégia do marketing de conteúdo e como a empresa pode conseguir uma fidelização de sucesso de seus clientes.
ClienteSA: O que é marketing de conteúdo?
Mattos: Via de regra, o marketing de conteúdo é toda estratégia elaborada para produzir, criar e entregar um produto relevante para o público-alvo. A importância dessa ferramenta é que o conteúdo tem o poder de trazer algo significante e valioso para uma determinada audiência, de acordo com os objetivos que a marca estabeleça. Logicamente, a estratégia de trazer informações relevantes tem a questão do engajamento do público-alvo. Engajamento é uma palavra importante e para engajar é preciso trazer um conteúdo relevante e valioso para atrair e envolver a audiência, porque o que se busca é gerar algum tipo de benefício para o cliente e, consequentemente, a empresa ter na outra ponta algum ganho.
Hoje, o tema marketing de conteúdo se tornou uma febre nos últimos anos, por conta da explosão das multi telas e das multi ferramentas. É uma invasão de informações e quando se traz para dentro da realidade digital, faz parte das estratégias terem a preocupação com o conteúdo e tê-lo como centro das atenções. Porém, isso não é algo novo. O marketing de conteúdo sempre existiu. Em 1962, a Nestlé começou a trazer receitas nas embalagens do Leite Moça, que resultou na marca se tornar em sinônimo de leite condensado. Levar informação relevante, gerar valor para sua audiência, é uma estratégia que vai além do mundo digital. Mas, para ter sucesso é preciso de dois pontos vitais: um é a audiência. Muitas empresas acabam falando só de si e se esquecem do cliente, quer dizer, esse não é o caminho certo e só faz o consumidor perder atenção. É preciso entender quais são as suas necessidade, que momento ele vive, quais são as suas expectativas e opiniões, pois este é o ponto de partida de mapeamento informação, que deve estar ligado intimamente aos interesses e à vida daquela pessoa. Na outra ponta, é preciso entender qual é o objetivo com aquela audiência, o que deseja com ela, aonde a empresa quer chegar com ela. Qual ideia quer vender?
Como o marketing de conteúdo pode ser benéfico para o relacionamento com o consumidor? 
Na minha visão, ele tem que ser, independente da ferramenta, mandatório. É preciso pensar que o conteúdo é o rei, mas somente aquele que leva valor ao cliente. A empresa deve enxergar a realidade que existe hoje um novo consumidor, que as pessoas já não são mais atraídas por qualquer informação. Antigamente, as indústrias jogavam qualquer conteúdo e como os consumidores tinham poucas opções, eram obrigados a engoli-la. Hoje, não é mais assim. Quem não fizer um bom marketing de conteúdo está fora do mercado, está em outra era, aquela que não conversa com o cliente. Se o consumidor não vê valor de uma determinada informação que ele recebe de uma empresa, seja qual for a mídia, ela já sai perdendo, porque o cliente quer perceber o beneficio que irá ganhar com aquilo. 
 
Quais os cuidados a empresa deve ter para não cometer erros com esta estratégia?
Pode parecer radical, mas ou a empresa enxerga a audiência como o mundo é hoje e utiliza isso como forma de agregação e não como ideia de diferencial, ou ela está fora. Porque, se não for feito dessa forma, o marketing não irá funcionar. Já não basta tratar do produto de um aspecto funcional, é entregar um benefício ao cliente. Falar o que se faz não é mais diferencial. É preciso falar como consegue melhorar a vida da audiência e que vantagem ela terá. Esse é o ponto de partida para conseguir concorrer a este mundo, fazendo parecer que a empresa não deseja apenas empurrar produto, que ela está realmente preocupada com o consumidor.
Se mal trabalhado o marketing de conteúdo pode prejudicar o relacionamento da empresa com o cliente?
Para mim, a primeira impressão é a que fica. Se a marca, em contato com determinado consumidor, através dos poderosos canais que existem hoje, não fizer o trabalho correto, ela fará uma ‘anti propaganda’. É muito difícil conversar com determinada pessoa, então, quando finalmente consegue captar sua atenção, é uma oportunidade única para conquistá-lo e, se faz esse trabalho errado, há um resultado reverso, porque pode parecer que ela só pensa em si e não no cliente. E, hoje, o cliente está menos tolerante e este tipo de comportamento acaba se tornando mais potencializado, podendo fazer com que a empresa perca credibilidade. Por isso, é preciso aproveitar bem cada oportunidade.

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