A ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas)
registrou um crescimento de 23% neste primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando um faturamento de R$ 4,4 bilhões diante dos R$ 3,6 bilhões do ano passado. Nesses seis meses, o volume de vendas apresentado foi maior do que o contabilizado em todo o ano de 1998, que foi de R$ 4,3 bilhões.
Os resultados, na avaliação do presidente da ABEVD, Rodolfo Guttilla, estão relacionados a um aumento da força de vendas, e a um maior número de itens vendidos, além disso, houve maior sofisticação do mix de produtos, agregando valor aos itens comercializados. “Nesses seis meses registramos um crescimento de 8,8% de revendedores ativos. Atualmente, trabalham neste sistema, aproximadamente 1,3 milhão de pessoas. O esforço e o empenho deste time foi fundamental para que apresentássemos também um incremento de 20% no volume de itens vendidos: 450 milhões neste semestre contra 374 milhões, de 2003”, diz o executivo.
Guttilla lembra também que, hoje, com um nível alto de desemprego – em maio, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou uma taxa de desocupação de cerca de 12% nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil -, a venda direta é uma importante fonte de renda. “Para muitos, esta atividade é complementar aos seus salários. Entretanto, há quem tenha nessas vendas o sustento da família”, revela.
A exemplo do ocorrido no último trimestre, o segmento de Lazer,
Serviços. Outros apresentou o maior aumento no desempenho de vendas em relação a 2003: 56,82%, apesar de representar 0,28% de participação de mercado. Já o setor de cuidados pessoais (cosméticos, perfumes, bijuterias, vestuário, entre outros) teve 88,18% de market share,seguido pelo setor de cuidados do lar (utilidades domésticas, produtos de limpeza, cama, mesa e banho), com 8,13% de participação. A categoria de complementos nutricionais, por sua vez, registrou 3,41% de market
share. Todos os segmentos apontaram um crescimento de vendas em relação ao ano passado: Cuidados Pessoais – 23,08%, Cuidados do Lar – 18,44%, e Complementos Nutricionais – 8,13%.
O expressivo resultado deste primeiro semestre reforça a consolidação deste setor, que está em plena expansão. “Mesmo quando o cenário econômico é desfavorável, fechamos o balanço em alta. Acreditamos no potencial deste mercado, que vem conquistando a preferência dos consumidores a cada dia”, finaliza Guttilla.