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Setor eletroeletrônico registra saldo negativo

Pela primeira vez em nove anos a balança comercial do setor eletroeletrônico de consumo apresentou saldo negativo. Segundo levantamento da Eletros – Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, as importações totais do setor (linha branca, imagem e som e portáteis) alcançaram US$ 722 milhões, com um crescimento de 58,28% em relação a 2005, enquanto as exportações somaram US$ 687 milhões, com um incremento de apenas 3,27%. Resultado disto, o saldo da balança comercial fechou negativo em US$ 35 milhões.
Entre os fatores que contribuíram para o desempenho negativo da balança comercial do setor, destacam-se a desvalorização do dólar frente ao real, as restrições impostas por alguns países como a Argentina, além da concorrência dos países asiáticos, principalmente da China. “O setor eletroeletrônico de consumo não quer ser deficitário e tem condições de reverter esse resultado. Para isso, basta que algumas questões sejam equacionadas. Por isso, estamos conversando com o governo para apresentar sugestões que permitam recuperar a competitividade das indústrias instaladas no País”, afirma Paulo Saab, presidente da Eletros.
O executivo explica que a forte valorização do real, de 27,97% no período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2007, reduziu continuamente a margem de lucro das exportações. Isso se somou às cotas e restrições das exportações no âmbito do Mercosul. “As barreiras impostas pela Argentina ao Brasil dificultaram o livre comércio de produtos, reduzindo as exportações brasileiras”, observa o presidente da Eletros. A isso se somou a tributação em cascata, que onerou significativamente os custos do produtor nacional e provocou aumento no preço final dos produtos exportáveis.
Do lado das importações, a desvalorização contínua do dólar contribuiu para o desenvolvimento, no mercado externo, de fornecedores estáveis de partes e peças e de produtos acabados, estimulando a importação, principalmente de países asiáticos. Esta situação se agravou com a concorrência desleal de produtos chineses, principalmente nas linhas de portáteis e de imagem e som. “Esses fatores somados acentuaram outros problemas já crônicos para a competitividade nacional, como os gargalos de infra-estrutura, resultando em uma situação de déficit comercial do setor, que há muito não era registrada”, acrescenta Paulo.

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