O saldo de crédito destinado ao consumo (cheque especial, crédito pessoal, cartão de crédito e financiamento de bens, entre outros) cresceu 340,7% na última década, passando de R$ 31,4 bilhões em 1995 para R$ 138,4 bilhões em julho deste ano. Levando-se em consideração uma taxa de crescimento anual do saldo de 14% – menor do que os cerca de 20% registrados atualmente – e uma evolução do PIB (Produto Interno Bruto) da ordem de 4% ao ano, devemos atingir a marca de R$ 312 bilhões em 2015, o que representará 12% do PIB.
Apesar do ritmo de crescimento acelerado nos últimos anos, o crédito ao consumidor no Brasil ainda tem muito a evoluir. Até mesmo na comparação com outros países latino-americanos, como o Chile, o nível de uso de crédito dos brasileiros é menor. Na opinião de Álvaro Musa, sócio-diretor da Partner Conhecimento, empresa organizadora do C4 (Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor), evento que começou ontem e termina amanhã, a redução gradual das taxas de juros será fundamental para a continuidade do crescimento do crédito, um dos principais combustíveis de qualquer economia.
Nos últimos cinco anos, o perfil do mercado brasileiro de crédito ao consumidor vem passando por mudanças profundas. A mais recente delas é o avanço do crédito pessoal, modalidade que ganhou fôlego por causa de mudanças na legislação que permitiram que bancos e financeiras descontassem as parcelas dos empréstimos diretamente no salário ou benefício dos trabalhadores e aposentados. Em 2000, a participação do crédito pessoal em relação ao total destinado para o consumo era de 34%. Em julho deste ano (dado mais recente disponibilizado pelo Banco Central), a participação era de 41,4%.
O cheque especial foi a linha que mais perdeu terreno para o crédito pessoal. Em 2000, ele representava 13,5% do total do saldo de crédito no Brasil. Neste ano, passou para 8,4%. “Os brasileiros e as instituições financeiras estão aprendendo a trabalhar com outros tipos de produtos”, avalia Musa.
Outra modalidade que vem ganhando bastante espaço nos últimos anos é o cartão de crédito, que passou de 5,8% em 2000 para uma participação de 7,3% em julho deste ano. De 2000 para 2005, o número de cartões bandeira avançou 106%, saltando de 28 milhões para 58 milhões de unidades. Nos Estados Unidos, o principal mercado mundial dos meios eletrônicos de pagamentos, o crescimento foi de 22%. Já os private labels (cartões de loja) também avançaram significativamente, atingindo 81 milhões de unidades em 2005.
Serviço
Data: 20 a 22 de setembro
Horário: 8h45 às 20h (dia 20/09), 8h45 às 18h30 (dia 21/09) e 8h45 às 17h30 (dia 22/09)
Local: Centro Fecomércio de Eventos – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo/SP
Informações pelo telefone (11) 5696-4405